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A história antes da história: memórias e emoção marcam lançamento do documentário ‘Trilhas da História: Estrada dos Tropeiros Canela-Taquarussu do Porto’

Sessão de estreia aconteceu na Escola de Tempo Integral Fidêncio Bogo, em Taquaruçu Grande, nesta terça, 19, reunindo estudantes, comunidade, participantes do filme e familiares; projeto foi aprovado pelo edital 23/2023 Audiovisual Tocantins, da Lei Paulo Gustavo, via Secult e Ministério da Cultura
O documentário “Trilhas da História: Estrada dos Tropeiros Canela-Taquarussu do Porto”, dirigido pelos cineastas Andrea Lopes e Cristiano Viana, com produção da equipe do Instituto Puro Cerrado, foi lançado nesta terça-feira, 19, apresentando aos alunos da Escola Municipal Fidêncio Bogo, e a própria comunidade do Taquarussu Grande, o resultado de 8 meses de trabalho e pesquisa sobre uma história até então não contada: a vida e a cultura das pessoas que viviam nessa região antes da chegada de Palmas; A obra aborda também a migração dos moradores do Norte e Nordeste do País para a região, a estruturação do comércio local, como uma rota entre o povoado do Canela – as margens do Rio do Tocantins, e o povoado de Taquaruçu – no alto da serra; a criação do Tocantins e de Palmas, até os dias atuais e os impactos ambientais e sociais sofridos pela região diante da especulação imobiliária e do desenvolvimento desordenado, e as possibilidades e esperança no futuro.
No próximo dia 10, às 19 horas, o documentário será lançado no Cine Cultura, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho.
Atentos aos 19 minutos de cenas estavam também alguns participantes deste trecho da história tocantinense. Pessoas como Maria dos Reis Cardoso Pereira, de 79 anos, que deixou a localidade em 1966, e veio de Brasília para assistir o documentário. “Estou muito emocionada e também muito feliz. São essas coisas que devem ser mostradas, isso é uma volta ao passado que é importante para mostrar a essas crianças como era a vida antes de toda essa vida moderna que elas têm”, disse em meio a lágrimas e sob aplausos de uma plateia também emocionada.
O sobrinho de Dona Maria, o sargento aposentado, Tercino Dias Cardoso, foi um dos ‘artistas’ do filme, com seu depoimento sobre a estrada dos tropeiros, as lembranças das lutas e vivências familiares na região. “Antigamente tudo era muito difícil, quem vinha do Maranhão e Piauí passava por aqui. E neste local eu vivi e cresci, graças ao trabalho do meu pai”, contou, acrescentando a alegria de ver suas lembranças retratadas no documentário: “Sou com certeza a pessoa mais feliz neste recinto hoje. Para mim é uma honra ver essa história no cinema, ao lado dos meus filhos e netos. Minha palavra de hoje é gratidão”.
Moradora de Taquaruçu Grande, a aposentada Luiza Monteiro, de 58 anos, registrou para a plateia sua emoção: “Estou maravilhada com o trabalho da equipe que participou e produziu este filme. Porque houve um resgate da história de tempos difíceis, tempos de pessoas felizes, que eram desbravadores”.
Projeto
O projeto do documentário “Trilhas da História: Estrada dos Tropeiros Canela-Taquarussu do Porto”, foi proposto por Andrea Lopes e obteve patrocínio do edital Audiovisual Tocantins, da Lei Paulo Gustavo, via Secretaria Estadual da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura. Presente ao lançamento, o secretário de Cultura, Tião Pinheiro, ressaltou a satisfação em acompanhar mais um investimento dos editais culturais sendo concluído.
“Estamos neste momento em primeiro lugar no País em execução dos projetos da Lei Paulo Gustavo. Essa semana vamos chamar mais oito suplentes, e estaremos alcançando 100% de execução dos projetos”, disse acrescentando a importância cultural do projeto Trilhas da História: “O Tocantins tem uma história muito rica, e temos que contar isso, porque se não as novas gerações não vão saber o que foi Taquaruçu Grande, o que foi Natividade, Paranã…este tipo de trabalho que vocês fizeram, o documentário, deixa isso registrado, nós que vivemos um mundo instantâneo, se não tivermos isso, daqui a alguns dias ninguém sabe o que é mais”.
Retorno à comunidade
Foi justamente para devolver à comunidade de Taquarussu Grande um relato de sua história, lutas e vivências, que a produção do filme escolheu a escola para o primeiro lançamento da obra. A diretora Andrea Lopes enfatizou no lançamento que se trata de “respeito com a comunidade que colaborou com seus depoimentos, acolheu a equipe e se dedicou a contribuir com os relatos da história do local onde vivem”.
Andrea divide a direção com Cristiano Viana, que, por sua vez, ressaltou o aprendizado proveniente da produção do filme: “durante a produção fizemos uma pesquisa, mas, é na comunidade que a gente se propõe a aprender, a dialogar com a história, uma história que existia antes da história oficial”.
O documentário alcançou o objetivo para a estudante do 8º ano da unidade educacional Fidêncio Bogo, Ana Beatriz Rufatto, de 13 anos, que perguntou aos diretores como surgiu a ideia do filme. E ao ouvir a resposta – durante sua pesquisa de mestrado, Andréa Lopes, ouviu relatos da comunidade sobre a história dos tropeiros e se interessou por conta-la e preservá-la – destacou que era uma dúvida constante: “sempre tive essa curiosidade de saber a origem do local onde nasci. Achava estranho viver aqui desde sempre e não conhecer como se formou esse local”.
O Antropólogo, pesquisador e professor na Universidade Federal do Tocantins (UFT), André Demarchi, avalia que o filme ‘Trilhas da História’ tem uma importância muito grande para a cidade de Palmas, “para o Tocantins e para o próprio Brasil mesmo porque ele narra várias histórias de mundos que não existem mais, mas que podem servir de exemplo para a gente refletir sobre esse momento contemporâneo de crise climática, de urgência e emergências ambientais que estamos vivendo atualmente”, segundo ele, “eram mundos em que as pessoas compartilhavam alimentos, compartilhavam conhecimentos, histórias, famílias, vidas, tudo por meio de uma estrada, uma trilha que perpasava as duas regiões, do povoado Canela e Taquarussu”.
Taquarussu Grande
Localizado a cerca de 20 km do centro de Palmas, sentido a Aparecida do Rio Negro, esta situada a região rural conhecida como Taquaruçu Grande. No filme é apresentada a história do lugar, das pessoas que viviam no local antes da divisão do Estado de Goiás, que deu origem ao Estado do Tocantins e também das pessoas que chegaram depois e escolheram o local para viver. A proposta é apresentar território de Taquaruçu Grande para além da questão geográfica, com toda a sua complexidade de tramas culturais, identitárias, ambientais, econômicas e culturais.
O fio condutor da história é a antiga estrada dos tropeiros desempenhou um papel fundamental na integração e no desenvolvimento da região que se tornou o Tocantins. Sua história está intimamente ligada à formação da identidade cultural e histórica do estado. O filme traz relatos emocionantes de antigos tropeiros, suas rotinas, os desafios para preservação do território, da cultura local e a importância desse caminho histórico para o desenvolvimento sustentável da região.
Ficha técnica:
Direção: Andréa Lopes e Cristiano Viana
Argumento: Mariah Soares e Andréa Lopes
Roteiro: Cristiano Viana
Produção executiva: Fernanda Veloso
Direção de arte/musica: Cristiano Viana
Produção: Ana Cláudia Cardoso e Cris Viana
Pesquisa: Ana Cláudia Cardoso e Ruy Bucar
Direção de fotografia: Elton Abreu
Captação/edição: Elton Abreu, Kaio Dias e Paolo Magalhães
Imagens de Arquivo: Sidney Madalena
Assessoria de Imprensa: Cinthia Abreu e Lorena Karlla Mascarenhas
Social Mídia: Ramon Dias e Suyanne Dias
Foto cobertura lançamento: João Ricardo Ribeiro
Figuração:
José Fialho Miranda – Zé Japão
Zulmira de Sousa Fialho
Odemar de Sousa
Isac Rodrigues
Bianka Sophia Fialho Paiva
Rykelmy Fialho Paiva Rodrigues
Osmar Martins Pereira
Tarcísio Vória Carvalho
Samara Martins
Whebert Araújo
Flavio Herculano
Tercino Dias Cardoso
Olavo Cardoso Sforsin
Breno Miranda
Benício Pontes Cardoso
Entrevistados:
José Fialho Miranda – Zé Japão
Idalice Ribeiro
Ruy Bucar
Terezinha Ribeiro Damascena
Mário Benício
Noeli Stürmer
Padre Aderso Alves dos Santos
Prof. Júnio Batista do Nascimento
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TorresmoFest acontece de 26 a 29 no Capim Dourado
Festival TorresmoFest acontece de 26 a 29 de junho em Palmas, no Capim Dourado Shopping, com entrada gratuita e shows ao vivo.

O Capim Dourado Shopping, em Palmas, recebe mais uma edição do TorresmoFest, o maior festival gastronômico do Brasil dedicado à proteína suína. De 26 a 29 de junho, o evento promete uma imersão em sabores tradicionais, música ao vivo e diversão para toda a família — tudo com entrada gratuita.
Gastronomia de respeito e estrutura completa
Reconhecido em todo o país, o TorresmoFest já passou por mais de 500 cidades e reuniu mais de 8 milhões de visitantes. Em Palmas, o festival acontece no estacionamento do shopping, das 12h às 23h, com estrutura ao ar livre, espaço kids e shows gratuitos.
No cardápio, os apaixonados por carne suína vão encontrar:
- Torresmo tradicional
- Costela no fogo de chão
- Pancetta
- Leitão à pururuca
- Joelho de porco
- Feijão tropeiro
- Sanduíches artesanais
Shows ao vivo agitam o evento
Quinta-feira (26/06)
- 20h00: Especial Charlie Brown Jr. – Tauan Lemos
Sexta-feira (27/06)
- 20h00: Cover Coldplay – Rubinho Gabba
Sábado (28/06)
- 17h00: Wagner Torres (Sertanejo)
- 20h00: Cover U2 – Rubinho Gabba
Domingo (29/06)
- 13h30: Sandro Peretto (Voz e Violão)
- 16h30: Black Mouth (Rock Nacional)
- 19h30: Especial Beatles – Banda Pepperland
Um evento para toda a família
“O TorresmoFest é mais que um festival gastronômico. É um momento para reunir amigos, curtir boa música e vivenciar uma experiência única com toda a família. Estamos felizes em trazer novamente esse evento para Palmas,” afirmou Diego Góes, superintendente do Capim Dourado Shopping.
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Equipe de Produção das músicas Akwē em Ação grava canções tradicionais na Aldeia Morrão
Equipe Akwē em Ação grava músicas tradicionais na Aldeia Morrão, valorizando a cultura e identidade do povo Xerente no Tocantins.

Com o compromisso de valorizar e preservar a cultura ancestral do povo Xerente, a equipe de produção das músicas Akwē em Ação realizou uma importante expedição até a Aldeia Morrão, localizada no território indígena Xerente, no Tocantins. O objetivo da missão foi gravar músicas tradicionais indígenas, entoadas pelos próprios membros da comunidade, registrando cantos que atravessam gerações.
O produtor de gravação e demais integrantes da equipe se deslocaram até a aldeia levando equipamentos e estrutura necessários para captar, com qualidade, os sons, vozes e ritmos que expressam a identidade e espiritualidade do povo Akwē (Xerente). As gravações fazem parte de um projeto que une cultura, memória e resistência, buscando ecoar a força da música indígena além das fronteiras territoriais.
As canções, que serão lançadas futuramente em formato físico e digital, integram um movimento de salvaguarda do patrimônio imaterial indígena, além de dar visibilidade à riqueza cultural dos povos originários do Brasil.
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Fotolyricas do Cerrado ganha versão impressa em 2025
Angel Lima lança versão impressa de Fotolyricas do Cerrado, livro de haikais e fotos sobre o bioma tocantinense, com tiragem para escolas públicas.

A jornalista e artista visual Angel Lima lança em 2025 a versão impressa de seu primeiro livro autoral, Fotolyricas do Cerrado. A obra, que une haikais e fotografias do bioma cerrado, revela um olhar poético e visual sobre o Tocantins. A publicação marca uma nova etapa do projeto iniciado com o lançamento da versão digital em dezembro de 2024.
Livro terá distribuição para escolas públicas
Com apoio da Lei Paulo Gustavo Tocantins, por meio da Secretaria da Cultura e do Ministério da Cultura, a versão impressa de Fotolyricas do Cerrado terá parte da tiragem distribuída para bibliotecas de escolas públicas em diferentes municípios tocantinenses, por meio de parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/TO).
“A distribuição para bibliotecas públicas é uma das contrapartidas do projeto, mas o público em geral também poderá adquirir o livro em livrarias de Palmas e pela internet”, ressalta a autora.
Natureza em verso e imagem
Em Fotolyricas do Cerrado, Angel entrelaça poesia e fotografia em uma proposta sensível e documental. Os haikais e imagens capturam a essência do Cerrado, abordando desde os ciclos naturais até contrastes simbólicos, como o fogo, a chuva e a resistência da semente.
A obra busca despertar um olhar mais atento e afetuoso para o bioma, promovendo consciência ambiental e valorização cultural.
Sobre a autora
Angel Lima é jornalista, fotógrafa e pesquisadora. Atua com temas ligados às culturas originárias, relações de gênero, natureza e territórios. É mestranda em Comunicação e Sociedade (PPGCom/UFT), com especializações em Estudos Latino-Americanos, Documentação Audiovisual e Ensino de Comunicação.
Com mais de 20 anos de trajetória na comunicação, Angel une técnica, sensibilidade e crítica em suas criações.
Ficha técnica
- Poemas e fotos: Angel Lima
- Apresentação e revisão: Luciana Andradito
- Prefácio: Ivan Cupertino
- Diagramação: Jackie Melo
- Capa: Angel Lima e Jackie Melo
- Assessoria de comunicação: Henrique Lopes
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