Economia
Final de ano é um bom período para a negociação de dívidas? Especialista financeira responde

Entenda a avaliação da líder regional da XP no Tocantins sobre como as pessoas podem aproveitar melhor os programas de negociação de dívidas e de regularização de tributos
Nos últimos meses do ano, é comum haver anúncios de iniciativas que visam criar condições para negociação de dívidas em atraso. Uma delas bastante divulgada aqui no Tocantins, é o Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Banco Central do Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor e os Procons regionais. Outra possibilidade para colocar em dia as contas pessoais é participar do Feirão Limpa Nome, realizado pela Serasa de forma online, com mais de 250 parceiros como instituições financeiras, empresas de telefonia, de varejo, universidades e diversos outros segmentos.
Tais iniciativas buscam “aliviar” as finanças pessoais de quem já reúne condições para pagar pelo menos parte de suas dívidas, e está à espera de uma oportunidade. “Muitas vezes a pessoa está com uma dívida em atraso, tem até certa quantia para pagá-la, mas não o valor total do débito. Nesse caso, a abertura de negociação dá a ela a oportunidade de zerar aquela conta e com isso se reorganizar financeiramente para outros compromissos ou investimentos”, observa Fátima Martins, líder regional da XP no Tocantins.
A especialista reforça que esse período de final de ano é favorável para a reorganização das finanças, tanto por iniciativas voltadas à saúde do crédito de consumidores, como por programas de regularização tributária, os chamados Refis. Esse movimento é bom para as próprias instituições, que minimizam as perdas sofridas pelo alto nível de inadimplência, e também para os cidadãos que conseguem honrar as suas dívidas e equilibrar as suas finanças.
“Isso reflete no mercado de modo geral, o mercado de consumo e o financeiro, porque com as finanças organizadas a pessoa consegue tanto programar compras para as suas necessidades de final de ano, como investir recursos em ativos que podem trazer um ganho muito maior para ela, em médio e longo prazo”, avalia a especialista da XP.
Além das iniciativas da Febraban e do Serasa, outras entidades também possuem programas próprios para regularização de dívidas, como sindicatos e conselhos profissionais. O Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins, por exemplo, realiza um programa de negociação de débitos que alcançam até 100% de juros e multas em anuidades do registro profissional que estão em atraso nos últimos cinco anos.
De qualquer maneira, mesmo que a instituição na qual a pessoa possui débito não promova algum programa de negociação de dívidas, Fátima Martins orienta que seja feita uma abordagem direta. “As pessoas devem buscar informações se aquela instituição participa de algum programa de negociação de dívidas. Mas, independente disso, a pessoa pode procurar diretamente a empresa ou instituição, e propor a renegociação da dívida, buscando a redução de juros e a quitação em parcela única ou parcelas que de fato caibam no seu bolso”, recomenda.
Economia
Tarifa de 50% dos EUA ameaça agro e exportações do Brasil
Tarifa de 50% dos EUA pode afetar agronegócio, indústria e exportações brasileiras. Tocantins também sente os reflexos indiretos da medida.

Medida proposta por Donald Trump acende alerta em estados exportadores e pode afetar o Tocantins indiretamente
Brasil exportou US$ 35 bilhões aos EUA em 2024
Com os Estados Unidos figurando como o segundo principal parceiro comercial do Brasil, o volume exportado em 2024 ultrapassou US$ 35 bilhões. Os principais estados exportadores para o país norte-americano são:
- São Paulo – Aviões, peças industriais, automóveis e suco de laranja
- Minas Gerais – Café, minério de ferro, pedras preciosas
- Paraná – Açúcar, etanol, carnes e maquinário
- Rio Grande do Sul – Fumo, calçados e grãos
- Santa Catarina – Carnes processadas, móveis e tecidos
Produtos brasileiros na mira da tarifa de 50% dos EUA
A medida atinge diretamente produtos que compõem a base da pauta exportadora brasileira, como:
- Carne bovina
- Suco de laranja
- Café
- Aviões regionais da Embraer
- Cobre, aço e alumínio
O aumento da tarifa pode elevar os preços nos Estados Unidos, mas, sobretudo, prejudicar a competitividade dos produtos brasileiros, levando à perda de espaço em mercados internacionais.
Impactos no Tocantins: efeito indireto, mas preocupante
Embora o Tocantins não esteja entre os maiores exportadores para os EUA, a tarifa de 50% dos EUA pode provocar reflexos indiretos significativos. A economia do estado depende fortemente do agronegócio, com destaque para:
- Soja – Cerca de 89% da pauta de exportação
- Carne bovina – Aproximadamente 10%
- Milho e arroz – Volumes menores, porém estratégicos
Além disso, insumos agrícolas, peças industriais e fertilizantes — parte deles originários dos EUA ou impactados por tarifas em cadeias integradas — podem se tornar mais caros para o produtor tocantinense.
Entre as possíveis consequências estão:
- Redução da demanda internacional por carne bovina
- Pressão sobre os preços pagos aos produtores locais
- Aumento no custo de produção agrícola
- Dificuldade de acesso a novos mercados no curto e médio prazo
Importações brasileiras dos EUA somaram US$ 40 bilhões em 2024
Do outro lado da balança, o Brasil importou cerca de US$ 40 bilhões dos Estados Unidos. Os principais estados importadores foram:
- São Paulo – 17,4% do total, com destaque para combustíveis, fármacos e tecnologia
- Rio de Janeiro – Petróleo refinado e produtos químicos
- Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia – Insumos industriais, gás natural e fertilizantes
O aumento dos custos desses produtos pode impactar negativamente setores industriais e agrícolas, com repercussões em cadeia para estados como o Tocantins.
Governo brasileiro reage à proposta de Trump
O governo Lula já manifestou repúdio à proposta e estuda recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). Retaliações comerciais também estão sendo analisadas, embora não esteja claro se produtos com presença no Tocantins serão incluídos.
Mesmo sendo, por enquanto, apenas uma promessa de campanha, a tarifa de 50% dos EUA já gera incertezas e movimenta os bastidores do comércio exterior brasileiro. A orientação de especialistas é que estados e produtores se preparem, buscando diversificar mercados e fortalecer cadeias produtivas regionais.
Cautela e planejamento são essenciais
A medida proposta por Trump acende um sinal de alerta. Enquanto os grandes polos exportadores enfrentam perdas diretas, estados como o Tocantins precisam se preparar para os efeitos indiretos. A diversificação de mercados, o estímulo à produção local e o fortalecimento da indústria regional serão fundamentais para minimizar os impactos da tarifa de 50% dos EUA.
Por Jaciara Barros
Portal Jaciara Barros – Jornalismo com olhar local e impacto global
Economia
Mais perto do público: concessionárias se reinventam para crescer em meio à competitividade do setor automotivo
Experiência de compra mais próxima e acessível ao consumidor é a mais nova tendência

O setor automotivo brasileiro vive uma fase de retomada e expansão. Em 2024, as vendas de veículos leves cresceram 14%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que projeta nova alta de 5% em 2025. Esse crescimento vem acompanhado da reestruturação da rede de concessionárias, que ultrapassou 8 mil pontos de venda, o maior número em mais de uma década.
Ainda segundo a Fenabrave, somente em 2024, foram abertas mais de 530 novas lojas do segmento, um indicativo da confiança do setor no crescimento contínuo do mercado automotivo brasileiro. Apesar de aquecido, o setor é cada vez mais competitivo, reunindo mais de 40 marcas e cerca de 3,5 mil modelos. Essa movimentação também se reflete no Tocantins. A partir de 14 de julho, a capital Palmas passa a contar com uma nova concessionária, com conceito totalmente inovador.
A nova loja da Autovia Fiat será inaugurada no Capim Dourado Shopping e integra um modelo de atendimento que vem ganhando força no país: concessionárias instaladas em locais de grande circulação, com foco na conveniência e no relacionamento direto com o público. A estratégia acompanha as transformações do varejo automotivo, cada vez mais voltado à experiência de compra em ambientes acessíveis e integrados à rotina dos consumidores.
Com estrutura pensada para oferecer conforto, praticidade e interação com os produtos, o espaço reúne veículos novos, seminovos e acessórios. Durante a inauguração, o público poderá conhecer de perto a nova Fiat Titano 2026, que chega ao mercado com motor Multijet 2.2 de 200 cavalos, câmbio automático de oito marchas, tração integral, direção elétrica, freios a disco nas quatro rodas e pacote de segurança com sistema ADAS. O modelo, que já está em pré-venda, será um dos destaques do evento.
Para a gerente da Autovia Fiat, Maria Tereza Corrêa, a unidade é mais um passo para aproximar a marca do público tocantinense. “Nossa proposta é oferecer um atendimento personalizado em um ambiente moderno e multifuncional, que também será palco de eventos, lançamentos e ações promocionais, proporcionando uma experiência que vai além da compra. Queremos estar perto do cliente, nos antecipando às necessidades dele”, afirmou.
Para o Capim Dourado Shopping, a chegada da Fiat reforça o movimento de diversificação de serviços e ampliação da experiência dos frequentadores, é o que explica o superintendente Diego Góes. “A presença de uma das maiores marcas de veículos do país reforça o nosso compromisso em oferecer praticidade e variedade aos nossos clientes. Essa parceria agrega valor ao nosso mix e fortalece o shopping como um ponto de encontro entre grandes marcas e o público da capital”, destacou. Líder absoluta em vendas no Brasil em 2025, a Fiat agora estará ainda mais perto dos clientes.
Energisa
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