Governo do Tocantins
Governo do Tocantins assina convênio com Associação que oferece educação de qualidade a 120 estudantes no Sul do Estado

O governador em exercício, Laurez Moreira, assinou o Termo de Convênio com a Associação Novo Caminho Juvenil que, desde a década de 90, oferece, de forma voluntária, educação a crianças em situação de vulnerabilidade em três unidades escolares distribuídas na cidade de São Salvador, no distrito do município chamado Povoado Retiro e em Palmeirópolis. A assinatura do convênio ocorreu na tarde desta segunda-feira, 26, no Colégio Agrícola Dom Bosco, situado no município de São Salvador, e foi realizada juntamente com o secretário de Educação, Fábio Vaz, e com o fundador da Associação, Sérgio Buffo.
Com o termo de Convênio, a Seduc assumiu a contratação de 10 professores, um diretor escolar e um coordenador pedagógico. Além disso, fará um repasse mensal de R$ 12.979,10 para manutenção das unidades de ensino. Outro ponto importante com esse acordo firmado, é que essas unidades agora passam a ofertar ensino de tempo integral e os estudantes irão sair dessas escolas com uma formação técnica.
Durante seu pronunciamento, Laurez Moreira citou uma frase que ouviu de Sérgio Buffo em 1994, quando o questionou sobre seus projetos pessoais, visto que desde aquela época, Sérgio já vivia em função da Associação. “Você me disse que não tinha preocupação em ter patrimônio. Sua preocupação era servir as pessoas e fazer o bem e ainda citou uma analogia com os pássaros: ‘amanhecem o dia sem casa para morar, mas vivem alegres e cantando'”, rememorou Laurez ao agradecer o ensinamento. O gestor anunciou que, com o apoio do governador Wanderlei Barbosa, o Estado também doou um ônibus escolar para a Associação Novo Caminho Juvenil.
O Secretário Fábio Vaz, destacou a importância do Sérgio Buffo e do trabalho desenvolvido pela Associação para a educação estadual. “Você é uma pessoa de ouro. Um desbravador que acreditou nessa região. Enfrentou o sofrimento junto conosco e hoje chegou o dia em que o Estado começa a pagar uma dívida”, disse, citando Sérgio: “sua luta, que iniciou lá atrás, ganha mais força hoje, com a parceria do Estado do Tocantins com o teu sonho, que é o sonho de toda essa comunidade”, ressaltou. “Foi uma luta manter as escolas abertas dentre várias questões burocráticas, mas já se vão 29 anos de trabalho na região, transformando vidas, sendo uma escola modelo, que oportuniza”.
Associação Novo Caminho Juvenil
Fundada pelo missionário italiano Sérgio Ruffo, a Associação Novo Caminho Juvenil oferta acesso a turmas do Ensino Fundamental e Ensino Médio, além de capacitações técnicas a 120 estudantes, distribuídos nas três unidades de ensino geridas pela instituição.
A primeira unidade é o Colégio de Tecelagem Artística Nossa Senhora Auxiliadora, no Povoado Retiro, que oferta o 9⁰ ano do Ensino Fundamental e a 1ª série do Ensino Médio; a segunda é a Escola de Tecelagem Artística Nossa Senhora Auxiliadora, em Palmeirópolis, que oferta o 9⁰ ano do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Nessas duas unidades são oferecidas aulas de corte e costura, crochê, bordado, horta e outras artes artesanais. A terceira unidade de ensino gerida pela Associação é o Colégio Agrícola Dom Bosco, que oferta o 9⁰ ano do Ensino Fundamental, a 1ª série do Técnico em Agropecuária e a 3ª série do Ensino Médio. As unidades de ensino funcionam no sistema internato, sendo o Colégio Agrícola Dom Bosco voltado para o público masculino e as outras duas para o público feminino, que somam um total de 120 estudantes. As unidades de ensino estão em funcionamento desde 1994, atendendo principalmente o público em situação de vulnerabilidade.
“Quando nós chegamos em São Salvador, o acesso se dava apenas por barco. O bispo da diocese de Porto Nacional da época nos encaminhou, quatro italianos, para vir ajudar o povo muito carente e muito pobre, vítimas da escravidão e da ditadura”, relembrou Sérgio Buffo, que continuou a história: “Na época, buscamos conhecer as pessoas e, só depois, começamos nossa missão, já em união com a Operação Mato Grosso, que iniciou no estado de mesmo nome e hoje está presente no Peru, Equador e Bolívia”, disse ao salientar o caráter voluntário do trabalho desenvolvido à frente da Associação.”Estou muito feliz e agradecido ao governador Wanderlei Barbosa, ao vice Laurez e, sobretudo, ao secretário Fábio por terem lutado por este convênio conosco. Há 12 anos buscamos esse reconhecimento e, finalmente, nesta gestão conseguimos. Sinto que o Estado deve nos ajudar a cuidar dos filhos do Tocantins e é isso que fazemos aqui, ao oferecer uma educação transformadora, que forma gente honesta, bom cidadão, trabalhador a fim de oferecer um bom futuro para o País”.
O sentimento de gratidão é compartilhado pela estudante Karine Gomes dos Santos, de 15 anos. Ela frequenta o 1° ano do Ensino Médio no Colégio de Tecelagem Artística Nossa Senhora Auxiliadora e reconhece que o convênio auxiliará as unidades a garantir o salário dos professores. “Agora nossos professores terão essa garantia de pagamento, o que nos deixa muito felizes, pois reconhecemos como a educação que recebemos é diferenciada. É uma educação que nos humaniza, por isso sou grata a esses profissionais”, disse a estudante.
Governo do Tocantins
Em Portugal, governador Wanderlei Barbosa articula parceria com a Universidade de Lisboa
Governador Wanderlei Barbosa articula parceria com a Universidade de Lisboa para trabalhos de iniciação científica e pesquisa em conjunto com a Unitins – Foto: Tharson Lopes/Governo do Tocantins

O objetivo é estreitar os laços entre as instituições para promover trabalhos de iniciação científica e pesquisa. “Esta é uma oportunidade de realizar pesquisas e formações conjuntas, abrir horizontes e trocar experiências que vão gerar um impacto muito positivo para as duas instituições”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa, durante a visita.
O reitor da Unitins, Augusto Rezende, que participou do encontro por videochamada, reforçou a importância da iniciativa. “É uma possibilidade de avançar com o intercâmbio institucional de acadêmicos, como também ampliarmos as pesquisas e os eventos científicos”, pontuou.
Na ocasião, também foi discutida uma parceria com a Escola de Governo do Tocantins (Egov) e a Escola de Gestão Fazendária (Egefaz), para ofertar capacitações na área de gestão pública para os servidores do Estado.
O secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Thomas Jefferson, enfatizou que esta é uma ação estratégica que vai possibilitar resultados na área de gestão. “Ofertar esse tipo de qualificação fomenta a qualidade do trabalho desenvolvido pelos nossos servidores, que desempenham um papel tão significativo e propositivo para o Governo do Tocantins”, salientou.
“Este é mais um passo, do ponto de vista internacional, para a nossa instituição. Para nós, é importante estreitar laços com as instituições de ensino do Tocantins”, evidenciou o coordenador do departamento administração pública do ISCSP, João Catarino.
Instituto superior de ciências sociais e políticas
O ISCSP é uma unidade da Universidade de Lisboa, fundada em 1906. É uma das instituições de ensino superior mais antigas de Portugal dedicadas às ciências sociais e políticas.
O Instituto oferece formação acadêmica em áreas como Ciência Política, Relações Internacionais, Administração Pública, Antropologia, Serviço Social, Sociologia, Gestão, Recursos Humanos e Comunicação Social. Dispõe de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, além de investigação científica, por meio de centros como o Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP).
Governo do Tocantins
Governador Wanderlei Barbosa reforça compromisso com o campo em acordo histórico para governança fundiária

Com o objetivo de garantir segurança jurídica aos produtores rurais e avançar na regularização fundiária no Tocantins, o presidente do Republicanos e governador, Wanderlei Barbosa, assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Governo Federal, nesta sexta-feira (27), que contempla a governança fundiária de aproximadamente 1,9 milhão de hectares no estado.
A iniciativa vai permitir a identificação, mapeamento e a titulação de imóveis rurais em diversas regiões do Tocantins, beneficiando diretamente famílias que vivem e produzem no campo.
O ACT prevê a criação de uma Unidade Estadual de Cadastro, além do intercâmbio de tecnologias e informações entre os órgãos envolvidos, otimizando processos e promovendo mais transparência e agilidade nos pedidos de regularização.
“Temos muitos projetos de assentamento em andamento e já publicamos edital para asfaltar trechos de vias estaduais, com previsão de início das obras em agosto. Desenvolvemos diversas ações em parceria porque, aqui no Tocantins, valorizamos o trabalho conjunto”, afirmou o governador.
A partir do novo acordo, serão realizados mutirões técnicos com foco em georreferenciamento, cadastro e titulação das terras, etapa essencial para garantir o direito à propriedade aos produtores e promover o desenvolvimento sustentável no meio rural.
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins contribui para o resgate da língua Inỹ entre o povo Karajá-Xambioá

A aldeia Ixybiowa, do povo Karajá-Xambioá, em Santa Fé do Araguaia, será transformada numa sala de aula ao ar livre a partir desta terça-feira, 1° de julho. Até o dia nove, um grupo, comandado por Mairu Karajá, desenvolverá a fase inicial do projeto “Inỹrybè – Fortalecimento e Revitalização da Cultura Inỹ”, com foco no resgate da língua materna. A Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (SEPOT) apoia a realização do trabalho de campo com suporte logístico.
O diretor de Proteção aos Povos Originários da SEPOT, Igor Pankará, ressalta que apoiar ações como o projeto é uma das atribuições da pasta, visando ao fortalecimento da identidade e do modo de vida dos povos indígenas. “A proteção dos povos originários passa pela preservação dos seus costumes, e contribuir para que as atividades de campo sejam realizadas é uma forma de fortalecer o povo e o seu território”, explica o diretor.
Contemplado pelo Edital 31/2024, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o projeto propõe uma imersão linguística e cultural intensa, com aulas planejadas a partir do cotidiano da comunidade para ensinar o alfabeto, números e nomes dos frutos típicos da região, por exemplo. Outro ponto que também receberá atenção é o grafismo, para que haja entendimento da função de cada elemento e como desenhar. Transmissão oral, visual e material de apoio impresso serão usados no decorrer do projeto, que também tem como meta a produção de materiais pedagógicos para as escolas indígenas.
Mairu Karajá explica que a língua é um componente essencial da identidade dos povos originários e que vem se perdendo em muitas comunidades, restando poucos falantes – geralmente os anciãos, como é o caso das cinco aldeias que serão impactadas pelo projeto. Mairu lembra que muitos indígenas até compreendem a língua, mas não conseguem se comunicar.
As histórias contadas pelos anciãos na língua Inỹ farão parte da metodologia de ensino. As aulas têm como público prioritário pessoas de 10 a 40 anos e serão voltadas a toda comunidade, incluindo lideranças e professores. Após a imersão, a comunidade poderá contar com material impresso e videoaulas gravadas. Mairu diz que a intenção é retornar ao território a cada seis meses para mensurar os avanços da iniciativa.
Legado
Ciente da sua responsabilidade social, Mairu Karajá, nascido na aldeia São Domingos, na região do Araguaia, estado do Mato Grosso, relata que certa vez se deu conta que ele próprio estava deixando de falar o Inỹ e que não havia muito material disponível na sua língua materna. Junto com este despertar, veio a preocupação de como seria a realidade do povo Karajá dentro de 50 anos. “Precisamos manter a língua viva em memória dos nossos antepassados. A língua é um elo muito forte para entender a nossa cultura”, observa.
Mairu acredita que o processo de resgate e revitalização da língua também afetará a autoestima da população, especialmente entre os mais jovens. “A negação da nossa língua, muitas vezes, está relacionada a necessidade de se adequar à cultura fora do território. É essencial que nosso povo entenda a importância das duas línguas, sendo o Português a segunda língua, para esse resgate de pertencimento ancestral”, considera.
Atenção internacional
O projeto junto aos Karajá-Xambioá é apenas a base de uma aspiração maior: a criação de um instituto que seja referência para outras línguas indígenas do Brasil. Mairu Karajá informa que até o ano de 2032 estamos na “Década Internacional das Línguas Indígenas”, uma iniciativa da Unesco e da Organização das Nações Unidas, com o objetivo de sensibilizar a população sobre as línguas dos povos originários de todos os continentes e mobilizar esforços para que sejam preservadas. “Essa demonstração de apoio institucional, como o da SEPOT e da Funai, é muito importante para que tenhamos projetos mais robustos”, enfatizou Mairu, acrescentando que o aporte financeiro, por meio de parcerias e editais como os da Lei Aldir Blanc/Secult, faz toda a diferença.
Equipe
Mairu Karajá, formado em Relações Internacionais, é mestre em Direito e faz doutorado na mesma área. A equipe de campo conta com a expertise da linguista Clarissa Prado; da antropóloga Marília Moraes; do advogado e antropólogo Henrique Entratice; e da professora auxiliar Tuinaki Karajá. Todo o trabalho será registrado pela equipe de comunicação, formada por Milena Kanela, Nandiala Karajá e Wellis Carvalho.
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