Educação
Jovens da região Oeste do Tocantins protagonizam diálogos participativos sobre Justiça Climática, Agroextrativismo e Sustentabilidade

A 1ª roda de conversa do projeto Jovem Cerrado aconteceu nos dias 30 e 31 de março, em Caseara/TO
Nos dias 30 e 31 de março, cerca de 20 jovens dos Assentamentos Onalício Barros e do Acampamento Beatriz Bandeira, localizados nas proximidades do Parque Estadual do Cantão, no território da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, em Caseara/TO, reuniram-se para a 1ª Roda de Conversa do projeto JOVEM CERRADO, o que marcou um importante passo em direção ao fortalecimento das capacidades de atuação e incidência da juventude frente às questões socioambientais da região.
Angélica Beatriz, voluntária da Associação Onça D’água, organização apoiadora do evento, detalha que o momento proporcionou um ambiente para a troca de experiências e aprendizado, com foco em temas de conotação emergencial como Justiça Climática, Agroextrativismo, Sustentabilidade e Comunicação Popular. “Atividades educativas não-formais foram praticadas, facilitando a compreensão da cultura política, estimulando a busca do conhecimento e do pertencimento, debatendo as interações entre os seres humanos e o ambiente natural”, aponta.
A jovem Natália, do acampamento Beatriz Bandeira, conta que o espaço de diálogos trouxe muitos conhecimentos e fomentou outros, os quais irá disseminar para os outros jovens de sua comunidade. “Pude aprender muito mais sobre o Cerrado e formas de preservar a natureza e tudo o que ela proporciona em nossas vidas”, relata.
A partir de cada tema abordado, que contou com a participação de colaboradores locais, a exemplo da representante da Associação de Mulheres Agroextrativistas do Cantão (AMA CANTÃO) e dos gestores da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Guaíra e Fazenda do Futuro, foram debatidas questões importantes acerca das demandas da região frente ao enfrentamento de impactos como incêndios florestais, avanço do desmatamento, proximidade do depósito a céu aberto do lixo gerado pelo município, exposição à pulverização aérea de agrotóxicos proveniente de projetos de produção de grãos em grande escala, dentre outros.
Neste conjunto de paisagens que compõem o Vale do Araguaia, região conhecida por deter o maior índice pluviométrico do Estado (2.000mm/ano) e de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia, destaca-se esta Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, que nos últimos dez anos sofreu uma drástica alteração da paisagem, transitando de áreas de pastagens onde era mantida alguma vegetação arbórea para cultivo extensivo de commodities agrícolas, estando entre as três regiões do Tocantins de maior foco de desmatamento registrado em 2022, de acordo com relatório do Ministério Público Estadual – MPE/TO.
Desta forma, a oportunidade de um ordenamento com base em paisagens sustentáveis, que é inerente a esta categoria de Unidade de Conservação, têm sido desperdiçada, enquanto comunidades rurais, pequenos grupos de produtores e agroextrativistas, assentados e artesãos convivem com dificuldades estruturais desde a falta de políticas públicas locais, passando pela fragilidade nas práticas organizacionais e no beneficiamento e qualificação de seus produtos para inserção no mercado e pelo enfrentamento das adversidades climáticas.
“O projeto Jovem Cerrado não é um evento isolado, mas sim um catalisador para ações contínuas em prol da proteção do Cerrado e do fortalecimento das comunidades locais. Ao promover o diálogo e a ação entre os jovens, ele inspira esperança e renova o compromisso com um contexto sustentável para todos”, destaca Angélica Beatriz.
A jornalista Sarah Tamioso, também voluntária da Associação Onça D’água, aponta que por meio dos debates será possível alavancar o fortalecimento dos grupos e organizações locais, além do avanço para a discussão sobre práticas agroecológicas, com foco na justiça climática e na permanência no campo. “Acreditamos que a comunicação popular pelas mãos da juventude rural pode despertar a atenção para seus modos de vida, tirando-os da invisibilidade, valorizando seu papel e representatividade no território”.
Após um primeiro dia repleto de conversas enriquecedoras, os jovens tiveram a oportunidade de vivenciar a experiência de conhecer um pouco do Parque Estadual do Cantão, onde pernoitaram e participaram de outras atividades. O desejo de conhecer a unidade de conservação foi percebido pelas articuladoras do projeto Jovem Cerrado, Genneffi Kariny do Assentamento Onalício Barros, Gabriela Souza do Povoado do Quilombo do Prata e Caylane Gleize, egressa da Escola Família Agrícola (EFA) de Porto Nacional, que garantiram a atividade na programação durante as reuniões de planejamento da atividade.
Na manhã do domingo, os jovens conheceram a sede administrativa, o centro de visitantes, o píer às margens do Rio do Côco, a Trilha do Ferrugem e uma das cabanas destinada à prática de camping, numa imersão sobre a biodiversidade e a importância da conservação. “Este lugar parece um paraíso, com tanta beleza e cheiros”, manifestou o jovem Carlos Henrique durante a caminhada na mata. A 1ª Roda de Conversa é uma ação que faz parte do projeto Comunidades produtivas no Cerrado tocantinense: juventude liderando intercâmbios, aprendizados, sustentabilidade e comunicação popular, apoiado pelo Fundo Casa Socioambiental, e que contou com a colaboração do Parque Estadual do Cantão, Prefeitura de Caseara por meio da Secretaria de Agricultura e Fazenda do Futuro/Eco Araguaia, além da participação da equipe de gestão da APA Jalapão e uma jovem representante da Comunidade Galheiros.
Educação
APM Cursos inaugura unidade em Palmas e amplia acesso à especialização médica no Tocantins

No próximo dia 04 de julho, Palmas receberá a inauguração da unidade da Academia de Cursos Médicos (APM), que oferece cursos de pós-graduação e capacitação técnica voltados a profissionais da saúde. A chegada da instituição ao Tocantins representa um marco para a educação médica no Estado, que passa a contar com uma opção local para formação especializada, antes concentrada em outras regiões do País.
A programação de abertura começa às 7 horas, no auditório do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), com uma aula magna sobre osteoporose, ministrada pelo médico e professor Dr. Frederico Barra, ortopedista especialista em dor e doenças osteometabólicas.
Das 10h às 13h, será realizado um workshop na Clínica Ortopédica do Tocantins (COT), com atividades práticas. Ainda pela manhã, os participantes poderão acompanhar uma oficina sobre Desintometria Óssea, exame utilizado no diagnóstico de doenças como a osteoporose. Em seguida, serão apresentadas tecnologias aplicadas ao tratamento da dor, como a Terapia por Ondas de Choque (TOC) e o Laser de Alta Intensidade, ambos indicados para lesões e dores musculoesqueléticas.
À noite, a partir das 18h20, a programação retorna ao Simed com as palestras: “IA: o estado da arte e a prática médica”, conduzida pelo professor Dr. Leonardo Ludovico Póvoa e, o tema “Cannabis na dor musculoesquelética: O que você precisa saber”, ministrada pelo professor Dr. Frederico Barra. Em seguida, ocorre o coquetel de inauguração, na área social do sindicato.
Educação médica mais próxima da realidade local
Para o coordenador acadêmico da APM em Palmas, Dr. Elton Stecca Santana, a instalação da unidade no Tocantins representa uma importante descentralização do ensino médico especializado. “A proposta é facilitar o acesso de médicos e profissionais da saúde a formações presenciais de qualidade, que antes exigiam deslocamento para regiões como Sudeste e Sul. A expectativa é que a unidade funcione como um polo regional de educação continuada, atendendo demandas e contribuindo para a qualificação da prática médica no Estado”, afirma.
Segundo ele, a iniciativa também ajuda a reduzir desigualdades no acesso à atualização profissional, especialmente para médicos que atuam em cidades do interior. “É uma oportunidade para que esses profissionais se qualifiquem sem precisar sair do Tocantins”, destaca.
Educação
Projeto Bela Escola reúne grafiteiras e estudantes para transformar escolas com arte
Projeto Bela Escola leva murais criados por mulheres às regiões norte e sul de Palmas, com protagonismo de alunas do ensino médio

Financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio do Ministério da Cultura e Governo Federal, o projeto pode ser acompanhado pelo Instagram: @belaescola_.
A diretora da Escola Estadual Vale do Sol, Kátia Macedo, conta que os murais trouxeram um novo clima à escola. “Vai ser um impacto quando os alunos chegarem e verem a escola assim. Quando a gente falou do projeto, muitos não tinham noção da magnitude. São imagens maravilhosas, indígenas, figuras da cultura tocantinense, e tudo com muito respeito ao espaço escolar”, afirmou. Ela também celebrou o envolvimento das meninas no projeto: “As alunas que participaram do concurso agora têm uma chance real de expandir seus talentos. Elas viram que têm habilidade, e isso puxa outras. Vão se tornar multiplicadoras.”
Para Angélica Ribeiro, de 16 anos, estudante do segundo ano do ensino médio e uma das autoras dos desenhos escolhidos, a experiência foi marcante. “Eu saltei quando soube que meu desenho tinha sido escolhido! Foi a primeira vez que participei de uma pintura assim, e ainda com grafite, que era algo muito distante da minha realidade. Eu quero cursar Artes Visuais, e isso foi uma oportunidade enorme”, conta. “Me senti muito confortável com a equipe, principalmente por ser toda formada por mulheres. A temática do Cerrado me inspirou, e acho que combinou muito com a escola.”
No Colégio Estadual Criança Esperança, a professora Michele Marques dos Santos, que também é coordenadora da área de Linguagens, destacou a importância de projetos como esse em uma escola bilíngue e inclusiva. “Já tivemos experiências com grafite antes, mas essa é ainda mais especial porque as alunas participam de tudo, desde o desenho até a pintura. Isso estimula a criatividade, o senso de pertencimento e ainda deixa a escola mais bonita e acolhedora.”
O projeto também garante acessibilidade para estudantes com deficiência: há intérprete de Libras nas apresentações, acompanhamento para alunas com deficiência durante as oficinas e recursos como audiodescrição e resumo em braile dos murais, acessíveis via QR Code nas escolas.
“É muito bom ver arte com essa qualidade e esse respeito dentro do espaço escolar. Toda escola merecia ter algo assim”, reforça a diretora Kátia.
Meio Ambiente
Semarh e Sindjor promovem oficina de jornalismo climático e cobertura ambiental no Tocantins

Com o tema “Jornalista bem informado, informa melhor!”, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (Semarh) em parceria com o Sindicato dos Jornalistas (Sindjor) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCIAMB) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), promovem no dia 05 de junho, às 18h30, no Auditório da Semarh, na Praça dos Girassóis, a Oficina de Jornalismo Climático e Cobertura Ambiental. A iniciativa tem como objetivo capacitar jornalistas, acadêmicos e comunicadores para uma cobertura mais precisa e inspiradora sobre temas ambientais complexos, como mudanças climáticas, o Programa Jurisdicional REDD+, educação ambiental e unidades de conservação, incentivando a promoção de ações positivas para o clima.
A atividade inclui fundamentos teóricos e debates oferecendo aos participantes ferramentas para relatar de maneira ética e eficaz as transformações ambientais e seus impactos sociais e econômicos. Também na oficina serão exemplificados os mecanismos de cadastro e cobertura da Conferência das Partes (COP30) que acontece em Belém – PA em novembro próximo. Ao final, haverá certificação emitida pelo Sinjor em parceria com o Ciamb/UFT, reconhecendo a importância de uma comunicação qualificada e comprometida com a sustentabilidade.
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