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Ministro da Casa Civil e Banco Asiático discutem financiamento da descarbonização para o Brasil

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No último dia de missão, Rui Costa falou sobre a importância de taxas de juros mais baixas para financiar, por exemplo, a descarbonização do transporte público

A agenda do governo brasileiro, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, com bancos asiáticos nesta sexta-feira (7), em Pequim, China, referendou acordos de mais de R$ 9,1 bilhões para investimentos sustentáveis no Brasil. Além disso, permitiu o diálogo sobre outras possíveis parcerias, como o financiamento para a descarbonização do transporte público e para novas tecnologias que permitam à energia limpa produzida no Nordeste brasileiro maior estabilidade no fornecimento. Sobre este tema, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez uma fala especifica junto à diretoria do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB).

“Mais de 80% da energia consumida no Brasil vêm da energia limpa. Isso porque há 15 anos o país passou por um processo de incentivo, com forte subsídio público para que os investimentos em eólica e em solar pudessem acontecer”, explicou Costa. Ele fez um destaque para o potencial brasileiro diante da busca mundial em aumentar a produção de fontes renováveis. “O Nordeste é o local em nosso país com maior potencial, uma região que tem futuro promissor. Precisamos avançar em tecnologias para que essa energia seja firme. Daí a necessidade de tecnologias, baterias, e, para isso, é preciso financiamento”, afirmou Rui Costa ao pontuar que dentro do Novo PAC, o Governo Federal atendeu a 100% das propostas que chegaram pleiteando a conversão de transporte público de descarbonização, a exemplo de ônibus elétricos e híbridos.

No mês passado, o Governo Federal anunciou no Novo PAC investimento de R$ 10,6 bilhões para a renovação de frota ( https://www.gov.br/casacivil/pt-br/novopac/selecoes/eixos/cidades-sustentaveis-e-resilientes/renovacao-de-frota ). A medida consiste na aquisição de 2.296 ônibus elétricos, 3.015 Euro 6 e 39 veículos sob trilhos para 61 municípios de 7 estados brasileiros. Essa decisão evidencia o compromisso do governo brasileiro em investir na redução das emissões de CO2 e o menor impacto ambiental.

Além disso, no Novo PAC estão previstos R$ 28,3 bilhões para investimento em combustíveis de baixo carbono (https://www.gov.br/casacivil/pt-br/novopac/transicao-e-seguranca-energetica/combustiveis-de-baixo-carbono). São 20 empreendimentos de combustíveis do tipo que têm destaque na reindustrialização verde do Brasil. Estão inclusos projetos de produção de biocombustíveis, captura e carbono, biorrefinarias e estudos para transição estudos para transição energética. Além dos cinco empreendimentos já finalizados, 10 já estão em operação, quatro terão as obras iniciadas ao longo desse ano e um no início de 2025.

Acordos bilaterais

Ao comentar sobre a assinatura do acordo entre o BNDES e o AIIB, o vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou a importância desse financiamento na ordem de US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) para o enfrentamento das mudanças climáticas, para projetos de energias renováveis, logística e mobilidade urbana. “Antes, a infraestrutura de energia eólica e solar era cara. Hoje, ambas são as fontes de energia mais baratas no Brasil. Precisamos aumentar o financiamento para tornar soluções atualmente caras mais viáveis e competitivas, ajudando assim o planeta”, ressaltou o vice-presidente.

Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, que representou a instituição em Pequim, a parceria com o AIIB será importante para a troca de conhecimento e a ampliação das oportunidades que vão ajudar o Brasil e o mundo a terem economia mais verde.

O presidente do AIIB, Jin Liqun e Alckmin também testemunharam a assinatura de um memorando de entendimento indicando a intenção do AIIB de apoiar os esforços de recuperação do Brasil após as inundações que afetaram o estado do Rio Grande do Sul.

Já com o China Development Bank (CDB), o BNDES assinou um contrato de empréstimo de longo prazo, no valor de até US$ 800 milhões (aproximadamente R$ 4,2 bilhões), para financiar projetos de infraestrutura e indústria no Brasil, nas áreas de energia elétrica, manufatura, agricultura, mineração, água, mudança climática e desenvolvimento verde. O BNDES também assinou um termo de compromisso com o CDB para avaliação de linha de crédito de curto prazo, no valor de até RMB 5 bilhões (moeda chinesa), o equivalente a R$ 3,6 bilhões, com prazo de três anos e como apoio às ações de investimentos da instituição brasileira.

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