Palmas sedia o 2º encontro do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Educação das Capitais (Consec)

Evento reúne gestores de diversas capitais e destaca avanços e desafios na educação inclusiva

Nos dias 6 e 7 de junho, Palmas foi palco do 2º Encontro do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Educação das Capitais (Consec). O evento reuniu presencialmente gestores da educação dos municípios de Curitiba, Salvador, Rio de Janeiro, Teresina e São Paulo, além de secretários e profissionais que participaram virtualmente. A abertura do encontro foi marcada por apresentações culturais da Orquestra Sanfônica Graciosa, da Escola Municipal Beatriz Rodrigues, e do Coral de Libras Mãos que Falam.

O secretário da Educação de Palmas, professor Fábio Chaves, iniciou os trabalhos apresentando um panorama da educação no município. Com 46 unidades escolares que atendem ao Ensino Fundamental e outras 36 voltadas à Educação Infantil, Palmas vem se destacando nos índices do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Chaves ressaltou a importância do Sistema de Avaliação Educacional de Palmas (Saep), que tem contribuído para a preparação dos alunos, resultando em um bom desempenho nos últimos anos.

Foco na Educação Inclusiva

Um dos principais temas abordados foi a Educação Inclusiva. O secretário Fábio Chaves destacou a legislação que define o público-alvo da Educação Especial e apresentou os dados de Palmas, que possui 2.228 alunos da Educação Especial recebendo apoio em 55 salas de multirrecursos. Ele também apresentou a estrutura do Centro de Educação Inclusiva e o projeto de quatro pólos de atendimento educacional especializado, em parceria com a Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp).

A coordenadora de Estruturação do Sistema Educacional Inclusivo do Ministério da Educação, Liliane Garcez, participou online e apresentou as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Ela destacou a evolução dessa política desde 2008, com um aumento de 219% nas matrículas em Educação Especial, maior inclusão em salas comuns e expansão da acessibilidade nas escolas.

Desafios e Perspectivas

Liliane Garcez também mencionou os desafios ainda presentes, como a baixa acessibilidade em algumas escolas e a necessidade de formação específica para os profissionais envolvidos com a Educação Especial. Ela trouxe dados sobre as iniciativas nacionais para enfrentar esses desafios, como a ampliação do acesso e a formação continuada dos docentes.

A coordenadora anunciou um seminário a ser realizado em Brasília, em agosto, para debater a Educação Inclusiva e atualizar as pesquisas sobre boas práticas de inclusão nas escolas. “Somente enfrentando as barreiras poderemos transformar a escola para todas as crianças”, concluiu.

O evento em Palmas destacou a importância da troca de experiências e da colaboração entre os municípios para a construção de uma educação inclusiva e de qualidade. Com o encerramento das atividades, ficou evidente o compromisso dos gestores em promover uma educação que atenda às necessidades de todos os alunos, garantindo o direito à inclusão e ao aprendizado.