Cotidiano
Petróleo na Amazônia: alerta ambiental e impasse no governo
Petrobras quer explorar petróleo na Foz do Amazonas. Debate envolve riscos ambientais, indígenas e divide governo entre economia e preservação.
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Jaciara Barros
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A tentativa da Petrobras de avançar com a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas reacendeu um dos debates mais sensíveis do Brasil: o equilíbrio (ou desequilíbrio) entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Situada na costa do Amapá, a área é considerada promissora do ponto de vista geológico, mas também abriga ecossistemas raros e comunidades tradicionais cuja subsistência depende da harmonia entre rio, floresta e mar.
O tema ganhou força com a recente aprovação, por parte do Ibama, do plano de emergência da Petrobras para resgate de fauna em caso de acidente. Trata-se de uma das últimas etapas antes da liberação final para a perfuração de um poço no bloco FZA-M-59. Mesmo assim, o caminho está longe de ser livre.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, enfatizou que a licença definitiva depende da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), estudo de grande complexidade técnica que pode levar anos. “É uma região extremamente sensível, e ainda carece de dados científicos suficientes para sustentar uma operação de tamanha escala”, alertou.
Um território vulnerável e pouco estudado
A região da foz do Rio Amazonas reúne características únicas: o encontro de águas doces e salgadas forma um habitat de alta biodiversidade, com recifes, manguezais e espécies marinhas ainda pouco conhecidas. Além disso, é terra de povos indígenas como os Karipuna, Galibi Marworno e Galibi Kali’na.
Especialistas alertam que a distância da costa não significa menor risco. Pelo contrário: a complexidade logística dificulta respostas rápidas em caso de vazamento de óleo. Um acidente poderia afetar não apenas os ecossistemas locais, mas também alterar o regime de chuvas em várias partes do país por meio dos chamados “rios voadores”.
“Nosso povo vive da pesca, do rio e da floresta. Qualquer mudança pode nos afetar profundamente. Até agora, não fomos consultados oficialmente.”
– Líder indígena da região
Governo dividido e pressão econômica
Dentro do governo federal, o tema gera embate. De um lado, o Ministério do Meio Ambiente, sob liderança de Marina Silva, pede cautela e a realização de estudos robustos. Do outro, o Ministério de Minas e Energia, chefiado por Alexandre Silveira, pressiona pela liberação da perfuração, argumentando que a Margem Equatorial representa uma nova fronteira estratégica para o setor energético nacional.
“Não podemos abrir mão dessa oportunidade, mas ela precisa vir acompanhada de responsabilidade.”
– Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
Oito razões que reforçam o alerta
- Os combustíveis fósseis alimentam a crise climática
A exploração de petróleo reforça o modelo econômico baseado em lucros imediatos, sem considerar os limites do planeta. - Transição energética é urgente e inadiável
O Brasil pode liderar a virada para energias limpas, mas precisa agir agora. - Compromissos climáticos não têm sido cumpridos
O aumento de temperatura global pode ultrapassar 3°C até 2100 caso a dependência de fósseis continue. - O Brasil já tem petróleo de sobra
As reservas do pré-sal garantem suprimento suficiente. Perfuração na Amazônia parece desnecessária. - Distância da costa não elimina riscos
Correntes marítimas e falta de infraestrutura tornam o local perigoso em caso de vazamento. - Biodiversidade e povos tradicionais em risco
Comunidades e espécies raras podem sofrer impactos irreversíveis. - Falta de avaliação ambiental adequada
A ausência da AAAS torna a licença prematura e perigosa. - O futuro está nas energias limpas
A Petrobras poderia investir em renováveis e liderar a transição energética.
Imagem internacional em jogo
O debate chegou aos fóruns internacionais. Organizações como Greenpeace e WWF criticam a iniciativa e alertam que a produção na Foz do Amazonas poderia gerar o equivalente a três anos de emissões de CO₂ da economia brasileira. O risco não é apenas ambiental, mas também diplomático: o Brasil pode ver sua imagem de liderança climática esvaziada.
Entre riscos e oportunidades
A Petrobras afirma que está pronta para iniciar as perfurações assim que a licença for concedida. O Ibama, por sua vez, diz que a decisão será técnica, baseada em critérios científicos.
Enquanto isso, cresce a pressão da sociedade civil por mais transparência e participação. A perfuração na Foz do Amazonas pode se tornar um divisor de águas. Ou o país aposta na lógica do curto prazo e dos lucros, ou abraça uma transição energética real, com base na justiça ambiental e no respeito à vida — em todas as suas formas.
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Encontro em Kuala Lumpur abre nova fase no diálogo comercial entre Brasil e Estados Unidos
Segundo Lula, o diálogo foi produtivo e reforçou o compromisso mútuo de aprofundar o relacionamento econômico entre os dois países. “Tive uma ótima reunião com o presidente Trump. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral”, declarou o presidente brasileiro em suas redes sociais.
Tarifas e balanço comercial
O governo brasileiro considera que a imposição das tarifas carece de base técnica, uma vez que os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial com o Brasil. Em 2024, o superávit norte-americano foi de aproximadamente US$ 7,4 bilhões, segundo dados do Itamaraty. Durante a reunião, Lula propôs um período de negociação que permita a revisão das medidas protecionistas impostas por Washington.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que a conversa ocorreu em “clima de respeito e cordialidade”. “A conclusão final é de que a reunião foi muito positiva, e nós esperamos, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil”, afirmou o chanceler.
Diálogo diplomático e admiração mútua
De acordo com Vieira, os dois presidentes demonstraram disposição em restabelecer pontes diplomáticas. Trump destacou sua “admiração pelo perfil político e trajetória do presidente Lula”, citando sua história de superação e o retorno à presidência após perseguições judiciais. Lula, por sua vez, reafirmou o interesse em fortalecer os laços comerciais e tecnológicos com os Estados Unidos.
Durante a conversa, Trump reconheceu a importância estratégica do Brasil na América do Sul e defendeu um processo de revisão tarifária que beneficie setores como agropecuária, siderurgia, e biotecnologia. A negociação deverá prosseguir em Kuala Lumpur, com reuniões entre ministros brasileiros e representantes americanos.
Lei Magnitsky e temas sensíveis
Outro ponto abordado por Lula foi a Lei Magnitsky, usada pelos Estados Unidos para impor sanções a autoridades estrangeiras. O presidente brasileiro defendeu que a aplicação da lei a ministros do Supremo Tribunal Federal “não se sustenta juridicamente”, afirmando que “não houve perseguição política, mas o devido processo legal”.
Além de Trump e Lula, participaram do encontro o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio; o secretário do Tesouro, Scott Bessent; e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer. Do lado brasileiro, estiveram presentes Mauro Vieira e o secretário-executivo do MDIC, Márcio Rosa, que destacou o caráter franco das discussões e o papel estratégico do Brasil nas Américas.
Impactos esperados e próximos passos
Especialistas avaliam que a reaproximação entre Lula e Trump pode representar um ponto de virada nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, que enfrentaram tensões desde 2020. O objetivo é construir um acordo que reduza tarifas de exportação de produtos agrícolas, como soja, carne e etanol, e impulsione investimentos bilaterais em tecnologia verde e energia renovável.
As equipes técnicas dos dois países devem continuar as tratativas nos próximos dias, com previsão de um novo encontro em Washington no início de novembro.
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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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Parlamento elege Sanae Takaichi como a 1ª primeira-ministra do Japão. Conservadora e fã de Thatcher, prioriza defesa e reformas.
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Jaciara Barros
O Japão elegeu, nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, sua primeira primeira-ministra. A conservadora Sanae Takaichi, de 64 anos, foi escolhida pelo Parlamento após vencer a disputa interna no Partido Liberal-Democrata (PLD/LDP). Admiradora de Margaret Thatcher — a “Dama de Ferro” britânica —, Takaichi já havia afirmado que pretendia ser a “dama de ferro do Japão”. Ela substitui o premiê Shigeru Ishiba, encerrando um período de instabilidade política.
Quem é Sanae Takaichi
- Veterana do PLD, integra a ala mais à direita do partido governista.
- Defende revisão da Constituição pacifista para ampliar as capacidades de defesa do Japão e o fortalecimento da aliança com os EUA.
- Tem posições conservadoras em temas sociais e já indicou que igualdade de gênero não será prioridade neste início de governo.
- Curiosidade: já foi baterista de heavy metal na juventude.
Como ela chegou ao topo
Takaichi assumiu a liderança do PLD no início de outubro e costurou apoio parlamentar para a votação desta terça (21). A transição ocorre após três meses de impasses políticos e negociações de coalizão que sucederam a saída de Ishiba, com rearranjos entre aliados tradicionais e novos parceiros.
Desafios imediatos
- Economia: inflação persistente, crescimento fraco e necessidade de balizar a política fiscal.
- Segurança e diplomacia: tensões regionais com foco em China e Coreia do Norte; atualização das capacidades de defesa.
- Agenda social: baixa participação feminina na política e no gabinete; debate sobre reformas de gênero seguirá sensível.
Contexto político
O PLD governa o Japão pela maior parte do período pós-Segunda Guerra. A vitória de Takaichi mantém os conservadores no poder, com um perfil mais assertivo em defesa e prudente nas reformas sociais. A composição final do gabinete e a articulação com partidos aliados serão termômetros das prioridades efetivas do novo governo.
Fontes
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