Governo do Tocantins
Professor Augusto Rezende se torna o reitor com mais tempo de gestão à frente da Unitins desde a sua fundação

Filho de professora de carreira na educação pública, Augusto de Rezende Campos se inspirou na trajetória de sua mãe e seguiu o caminho da docência. Tendo vivenciado o poder transformador da educação, Augusto Rezende fez como uma de suas missões possibilitar que mais pessoas alcancem isso. Desde 2016 é professor efetivo da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), dois anos depois chega ao cargo de reitor com essa bagagem. Hoje, 19 de dezembro de 2023, completa cinco anos e oito meses de Reitoria entrando para a história da Universidade ao se tornar o reitor com o maior tempo de gestão frente à Instituição desde a sua fundação.
Seu mandato iniciou em 2018, já então professor efetivo da casa, quando foi nomeado pelo Poder Executivo. Nessa época, o professor Augusto já contabilizava 20 anos de experiência na área da educação. “Durante esse tempo eu já tinha ocupado cargos públicos em outros espaços, tive vínculo direto por mais de dez anos com o Sebrae na área de políticas educacionais e consultoria. Diante disso, eu me senti pronto para assumir a gestão da Unitins. Eu sabia que era desafiador o que tinha que ser feito, mas eu considerei que era possível”, pontua.
O reitor conta que o primeiro passo foi realizar um diagnóstico e o planejamento das ações que deveriam ser feitas para chegar à Unitins que havia projetado. Para isso, ele e sua equipe construíram um plano baseado em quatro pilares: quantitativo (aumentar o número de alunos), qualitativo (melhorar a qualidade do ensino, pesquisa e extensão), melhoria das condições físicas e estruturais e aperfeiçoamento de todo o corpo técnico-administrativo, docentes e líderes da Universidade.
“Nos guiamos pelo plano de reposicionamento da Unitins perante a sociedade. Precisávamos que a universidade ocupasse espaço no ensino superior do Tocantins e da região Norte, sendo uma instituição respeitada pelo seu histórico. Para além do nosso planejamento, outro ponto fundamental para que essa reconstrução institucional fosse possível era o apoio do Governo do Estado. E aqui eu destaco a atenção que a Unitins tem recebido do governador Wanderlei Barbosa, assim como dos deputados estaduais, pois o apoio da Assembleia Legislativa foi crucial em várias conquistas da Unitins ao longo desses últimos anos”, relembra o reitor.
O docente ocupará o cargo de reitor da Unitins até 31 de julho de 2027. Foi durante a sua gestão que ocorreu a primeira eleição para a Reitoria, em 2020. O professor mestre Augusto Rezende foi o primeiro reitor eleito da história da Unitins, tendo como vice-reitora a professora doutora Darlene Teixeira Castro, que também já estava com ele na Gestão desde 2018. Ele explica que as eleições partiram da necessidade de cumprir o que já estabelecia a Lei. “Temos esse cuidado na forma de gerir a Universidade buscando seguir o que está nos regimentos, instruções normativas e estatutos”.
Em junho deste ano, o reitor alcançou a reeleição com 96,8% dos votos válidos, um alto nível de aprovação que reflete os resultados da sua gestão. Durante esses cinco anos e oito meses do professor Augusto Rezende à frente da Reitoria, a Unitins alcançou números expressivos e conquistas que marcaram a comunidade acadêmica positivamente, além de contribuir para o desenvolvimento do Estado do Tocantins e levar o nome da Unitins ao patamar nacional.
Cerimônia de posse da Reitoria em agosto de 2023 (Foto: Nonato Silva/Dicom Unitins)
O nome da Unitins tem chegado aos quatro cantos do Brasil e do mudo, sendo a primeira instituição estadual e a única da região Norte do país a integrar os quadros da ONU. Essas conquistas se tornaram possíveis a partir de uma visão voltada para resultados, pois permitiu que os planos traçados em 2018 se concretizassem.
Nesses 33 anos de existência da Universidade Estadual do Tocantins, muitas pessoas fizeram parte de sua história contribuindo para que cada vez mais cidadãos tivessem a oportunidade de chegar ao ensino superior, um patamar que ainda não é possível para todos. O reitor professor Augusto Rezende é uma delas. Dentre as inúmeras conquistas resultantes da sua gestão, todas tiveram como fio condutor a sua convicção de que a educação transforma vidas.
“O que temos para mostrar é o serviço que a gente entrega, os resultados do nosso trabalho. A nossa missão enquanto Instituição de Ensino Superior precisa ser cumprida e, através disso, nós contribuímos com o desenvolvimento do Estado por meio da mão de obra qualificada, no desenvolvimento e apoio de pesquisas, nos projetos de extensão que ultrapassam os muros da universidade alcançando a comunidade”, declara o reitor Augusto Rezende.
Pilar 1: Quantitativo
Diversas medidas contribuíram diretamente no aumento quantitativo de acadêmicos dentro da Universidade, como o vestibular que passou a ser semestral no Câmpus Palmas; a abertura do Câmpus Paraíso com a oferta de três cursos: Direito, Ciências Contábeis e Tecnologia em Gestão do Agronegócio; abertura do curso de Pedagogia no Câmpus Palmas e Medicina em Augustinópolis.
Apesar dos inúmeros desafios, o reitor afirma que “um dos maiores acertos da nossa gestão foi abrir Medicina no Bico do Papagaio, porque era a única macrorregião do Estado que ainda não tinha esse curso. Acredito que Augustinópolis se tornará referência na área da saúde no Estado”.
Cerimônia do Jaleco dos cursos de Enfermagem e Medicina, em Augustinópolis (Foto: Nonato Silva/Dicom Unitins)
No segundo semestre de 2022, a Unitins lança o vestibular do Projeto de Interiorização Universitária – TO Graduado, que hoje atinge 15 municípios de Norte a Sul do estado. “É um dos projetos que eu mais tenho orgulho de ter conduzido”, afirma o reitor revelando que sabe das dificuldades de precisar estudar em outra localidade, pois precisou sair de sua cidade natal para estudar em Goiânia.
“É um projeto que traz a esperança da formação superior para o cidadão interiorizado, que jamais tinha pensado em ter acesso ao diploma. Não porque ele não queira ou não seja capaz, mas pela falta de condição de poder estudar, seja em instituição pública ou privada. Foi olhando para a necessidade dessas pessoas que lançamos o TO Graduado”, elenca o gestor.
O TO Graduado oferta cursos tecnológicos de nível superior que apresentam menor duração (varia de 2 a 3 anos) e na modalidade EaD.
O professor destaca que o projeto também incorpora a expertise que a Unitins tem na Educação a Distância, com a soma dos aprendizados durante a pandemia, em que foi a única instituição pública do Tocantins que não paralisou suas atividades um dia sequer. “Nós conseguimos fazer essa transição do presencial para o virtual em tempo recorde, dentro do que nos era autorizado. Esses aprendizados nos mostraram que era possível montar esse projeto, que foi abraçado pelo governador Wanderlei Barbosa e pelos deputados”.
Diante dessas ações, o número de alunos matriculados teve um grande aumento desde 2018, saltando de 1.905 para 4.034 acadêmicos em 2023.
Pilar 2: Qualitativo
A qualidade do ensino, pesquisa e extensão também tiveram avanços. A Universidade evoluiu no índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, atualmente possui nota 3 (varia de 1 a 5), e continua trabalhando para avançar para a nota 4 até o próximo ano. As notas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) aplicado em 2022 consagraram a Unitins como a detentora do melhor curso de Direito do Estado, ofertado no Câmpus Palmas. Além disso, o curso de Direito do Câmpus Dianópolis saltou de 1 para o Conceito 4, também figurando entre os quatro melhores do Tocantins.
Neste último ano também foi lançado edital para o concurso público com 132 vagas para professores efetivos contemplando os cinco Câmpus da Unitins. O último concurso realizado para docentes aconteceu em 2014 e contemplou apenas o Câmpus de Palmas à época.
“O concurso público para professores vem para atender um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), além de ampliar nossa capacidade de vínculo do professor que passa pela melhoria do ensino, da pesquisa, da pós-graduação, já que há algumas funções que somente servidores efetivos podem exercer”, destaca Rezende.
A expectativa com a chegada dos docentes aprovados no concurso é de avanço. “O ingresso dos professores efetivos vai trazer um olhar diferente com uma construção de colegiado. Esperamos um movimento no próximo ano que tende a trazer um avanço pedagógico”, declarou. Após a finalização do concurso, a Unitins passará a contar com quase 200 professores efetivos.
Pilar 3: Estrutura física
Em relação às melhorias estruturais para acompanhar o crescimento nesses últimos anos, houve recursos alocados no aumento da frota com a compra e locação de veículos, mais de R$ 1 milhão foram investidos na compra de móveis para escritório, laboratório, biblioteca e cadeiras variadas, que atenderam demandas dos câmpus e das unidades administrativas.
Nova fachada da Sede Administrativa, em Palmas (Foto: Nonato Silva/Dicom Unitins)
Após duas décadas, os prédios que compõem a Sede Administrativa da Universidade, no centro de Palmas, passaram por um processo de revitalização e manutenção preventiva. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 3 milhões em melhorias estruturais. “Essa estrutura é parte importante da história da Unitins e devemos zelar por isso. Nós fizemos reforma e revitalização dos prédios da sede e comemoramos essa entrega porque representa também uma melhoria na condição de trabalho dos servidores”, afirma o reitor.
O Câmpus Palmas também foi beneficiado com o calçamento do estacionamento e os Câmpus Augustinópolis e Araguatins também foram contemplados com mudanças estruturais significativas.
Para atender os cursos da área da saúde, neste ano foi aberto o Complexo de Ciências da Saúde reunindo laboratórios e salas de pesquisa. E, em 2024, será inaugurado o prédio que unifica os Núcleos de Práticas Contábeis e Jurídicas (NPC e NPJ), que conta com 15 ambientes construídos em 300 m², ambos em Augustinópolis.
O Centro de Treinamento e Capacitação em Tecnologia Agropecuária e Extensão Rural (CTC Agro) da Unitins passou a integrar o Complexo de Ciências Agrárias (CCA), em Palmas, sendo inaugurado no ano de 2020. E em Araguaína, em 2022, foi entregue o Laboratório de Referência Animal (LARA), estrutura que busca diminuir os custos com logística do produtor rural que precisava recorrer aos serviços de laboratório em outros estados.
O reitor afirma que a Pesquisa no Agro sempre foi o carro chefe da Unitins. “Quando nós iniciamos, algumas estruturas precisavam de atenção. O CCA é muito vivo, tem a participação de outras entidades e instituições que são referências no agronegócio no Estado. Portanto, ao ampliar esse nosso ambiente de pesquisa, ampliamos também a prestação de serviço para a comunidade rural que tanto precisa, por meio de treinamentos, capacitações e formação técnica”, destaca.
A Unitins se expande no Sudeste do Estado com o investimento de R$ 22 milhões para a construção da sede própria em Dianópolis. Com essa estrutura, o número de vagas poderá ser ampliado, além de possibilitar a instalação de novos cursos. A previsão é que o novo prédio do Câmpus Dianópolis seja entregue em 2025.
Área em que está sendo construído o Câmpus Dianópolis (Foto: Nonato Silva/Dicom Unitins)
Pilar 4: Qualificação e Aperfeiçoamento de pessoas
Os investimentos também alcançaram os servidores da instituição, tanto docentes quanto técnicos administrativos. Entendendo que a qualidade dos serviços ofertados passa pelos colaboradores, a Unitins empregou recursos para realizar treinamentos, cursos técnicos, capacitações e de formação continuada para os técnicos-administrativos, docentes e líderes. Além de prestar apoio na participação em eventos e cursos fora da instituição.
“Temos nos preocupado em investir na formação das pessoas, não só formação técnica, mas também nas questões de relacionamento intra e interpessoal. Além disso, é necessário que as pessoas que atuam na Unitins entendam o porquê da instituição, a sua missão e seus valores”, reforça o gestor.
Aumento na oferta de Bolsas
Nos últimos anos, a oferta de bolsas teve um aumento considerável. O incentivo à pesquisa cresceu de 58 (2018/2019) para 148 bolsas (2023/2024). Neste ano, também foi implementado o Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica na Modalidade à Distância (PIICT-EaD) para os alunos do TO Graduado com a oferta de 50 bolsas. Também houve reajuste nas bolsas de Pesquisa da Unitins aumentando de R$ 400 para R$ 700 o valor da remuneração mensal aos acadêmicos selecionados em edital.
Ainda no âmbito da Pesquisa, foi lançada a Bolsa de Produtividade em Pesquisa, edital que seleciona pesquisadores da Unitins com relevante produção científica, tecnológica e de inovação em suas respectivas áreas de conhecimento a fim de contribuir para o desenvolvimento da instituição. Neste ano, já foram lançados dois editais ofertando um total de 23 bolsas mensais no valor de R$ 1.200 cada pelo período de 12 meses.
Em 2018 não havia bolsa para as atividades de extensão, ao passo que, em 2023, mais de R$ 800 mil foram destinados para esse fim, atendendo o Auxílio Permanência, Bolsa Cerrado, Extensão em Movimento, Pibiex, Bolsa Atleta e Articular do TO Graduado.
“Esses aumentos são mais uma forma de estarmos alinhados com outras IES em que há a destinação de recursos enquanto política pública para a retenção dos alunos e avanço dos projetos da Universidade”. O professor Augusto relata que, desde o início de sua gestão, essa lacuna foi identificada e desde então vários programas de bolsas foram implementados. “O acadêmico tem visto que a Universidade tem investido nele”.
Orçamento
Mais uma vez a Unitins faz história durante a gestão do professor Augusto. Em novembro de 2021 foi aprovada a PEC nº 05/2021, que destina 1% da Receita Corrente Líquida do Estado do Tocantins para o orçamento anual da Unitins, garantindo a regularidade orçamentária para a manutenção e expansão da Universidade. “Apresentamos para o governador e deputados a necessidade de ter essa visão mais madura, voltada para a educação superior no Estado e destinar parte do recurso para a Unitins para que pudéssemos crescer”, esclareceu.
O reitor revela que a construção da proposta foi feita tomando como base outras instituições consolidadas, como a USP e a Unesp, que são referências no Brasil e no mundo. “Uma das coisas que contribuem para essas instituições alcançarem esse nível de excelência é ter condição financeira para que os projetos aconteçam. E isso passa por estrutura, bons professores, políticas educacionais para reter o aluno, incentivo à pesquisa e extensão, dentre outros âmbitos que perpassam uma IES”, explica.
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins realiza escuta ativa sobre turismo na Ilha do Bananal
Ação é prerrogativa para captação de recursos junto a instituições internacionais

Até o mês de dezembro de 2025, os criadores de gado que ainda permanecem na Ilha do Bananal terão que se retirar definitivamente da região. Dessa forma, as comunidades indígenas perderão uma importante fonte de renda, o aluguel de pastos. Com o objetivo de identificar aldeias com interesse em desenvolver o turismo e as habilidades específicas de cada uma, técnicos da Secretaria do Turismo do Tocantins percorreram diversas aldeias para reuniões com lideranças de 23 comunidades Karajá e Javaé (Povo Iny).
“Estamos falando de um grande programa de Governo que irá beneficiar diversos setores e, pela primeira vez na história do Tocantins o turismo indígena será beneficiado, durante a gestão Wanderlei Barbosa”, comemora o secretário de Turismo Hercy Filho. Segundo ele, a atenção maior é para os povos originários e tradicionais, visando o apoio a projetos de Etnoturismo e turismo de base comunitária.
Potencial e desafios
A maior ilha fluvial do mundo é lar dos povos Karajá, Javaé e Avá-Canoeiro. Circundada pelos rios Araguaia e Javaé e Coco, recortada por lagos e inundada parcialmente no verão chuvoso, a ilha é um santuário da natureza e das tradições dos povos originários.
São centenas de quilômetros de áreas propícias à pesca esportiva, observação de animais, safári fotográfico, trilhas. Mas o principal valor da Ilha do Bananal são seus moradores e sua rica cultura, que agrega festas tradicionais, lendas, cantos, danças, artesanato, culinária.
Mas tudo isso está sob ameaça. “Falta segurança e fiscalização para entrada de não indígenas”, afirma o cacique Kubli Karajá, da Aldeia Nova Tytemã, que pretende construir um rancho para hospedar visitantes, uma casa para expor o artesanato, além de atividades agregadas, como a criação de abelhas.
Apesar dos problemas existentes na Ilha, como a falta de saneamento, há muito otimismo com a possibilidade de um trabalho com o turismo. Yoló Werreria, médico e cacique da Aldeia Bela Werreria, vislumbra um projeto com foco cultural e envolvendo aldeias pequenas. Seus pais são conhecidos pelo trabalho de recuperação de indígenas alcoólicos. “A gente percebe que sozinhos a gente não faz nada”, completa sua mãe, Lenimar Werreria Kanela.
Aldeias grandes, como Fontoura e Santa Isabel, também apostam no turismo para recuperar a renda perdida com o gado. “Nossa renda acabou, temos que abraçar novos projetos”, explica o Cacique Cláudio, ao ressaltar que falta capacitação na área administrativa, um dos gargalos da gestão de projetos próprios.
As aldeias Javaé também projetam uma economia baseada no turismo. Na Aldeia Txuiri, o cacique Cleiton ressalta que sua comunidade é a porta de entrada para a Ilha do Bananal, via Formoso do Araguaia. “A gente tem buscado aperfeiçoamento para atuar no turismo, estamos em busca de parceiros para desenvolver o projeto”, revela.
Sem impedimento
O economista e técnico da Setur, Ribamar Félix, ressaltou em todas as aldeias visitadas que o programa do Governo do Tocantins é de longo prazo e o turismo não deve ser tratado isoladamente. “Nosso balanço é positivo, ouvimos as lideranças, as mulheres, os jovens e retornaremos outras vezes”, pontua.
De acordo com o procurador do Ministério Público Federal, Álvaro Manzano, que esteve nas aldeias Fontoura e Santa Isabel nesta semana, não há impedimento para as comunidades que já estejam em condições de realizar projetos de visitação.
Representantes da Funai confirmaram que, apesar de solicitar plano de visitação de acordo com normativa federal, a instituição tem a função de colaborar e não impedir o trabalho.
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins promove a Campanha Setembro Amarelo
Objetivo é fortalecer o cuidado com a saúde mental e a busca por ajuda

Com o objetivo de promover o cuidado com a saúde mental e incentivar a busca por ajuda, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), deu início, nesta segunda-feira, 1º de setembro, à Campanha Setembro Amarelo. A iniciativa reforça que o suicídio pode ser prevenido com acolhimento, apoio profissional e o fortalecimento das redes de cuidado.
Durante o mês, serão realizadas ações educativas nos hospitais e anexos da SES-TO, visando conscientizar os profissionais da saúde sobre acolhimento com humanização e promover a importância de buscar ajuda quando necessário. A ação abrange o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, recordado anualmente em 10 de setembro, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo dados da OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) apontam que no Tocantins, em 2024 foram registrados 186 óbitos por suicídio; já em 2025, entre janeiro até o dia 26 de agosto, contabilizam-se 104 óbitos pela mesma causa.
“É muito importante que todos nós apoiemos essa campanha porque sabemos que o suicídio pode ser prevenido através do cuidado de todos e da assistência multiprofissional. Os profissionais da saúde acolhem pacientes nos hospitais e demais unidades de saúde, então ações educativas são sempre muito importantes para que atendam com qualidade e humanização, as pessoas que estão em sofrimento psicológico”, afirmou o titular da Pasta, Carlos Felinto.
A psicóloga do Hospital Geral de Palmas (HGP), Karla Joane Silva, falou sobre a importância de buscar ajuda. “Uma das abordagens mais eficazes para a prevenção é a conversa e ouvir, é o primeiro passo para salvarmos vidas. Expressar o que estamos sentindo, mesmo os pensamentos mais dolorosos e difíceis, é fundamental. Compartilhar esses sentimentos com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode aliviar o peso emocional e abrir caminho para a busca de ajuda. Além disso, quando falamos sobre o suicídio, desmistificamos o tema e mostramos às pessoas que não estão sozinhas. Cuidar da nossa saúde mental deve ser prioridade, assim como a saúde física. Adotar hábitos saudáveis, procurar o apoio de profissionais de saúde mental, são ações preventivas que fazem diferença significativa”.
Assistência à saúde mental
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) tocantinense de todas as faixas etárias contam o acesso à assistência em saúde mental gratuito e seguro através da Rede de Atenção Psicossocial do Tocantins (Raps), que atua com promoção da assistência médica e psicológica a pessoas em sofrimento psíquico intenso, em hospitais e unidades de saúde, promovendo reintegração à sociedade.
Para conseguir acesso primário aos cuidados à saúde mental, impedindo agravamento, o primeiro passo é se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. Em caso de emergência, pode-se buscar assistência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde é verificado se o diagnóstico exige maiores intervenções médicas, se houver, o paciente é direcionado para a atenção hospitalar. Além disso, a população pode discar gratuitamente para o Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188, o qual disponibiliza por 24 horas, uma equipe de apoio emocional.
No Tocantins o serviço gratuito de apoio psicossocial é composto por 22 Centros de Atenção Psicossocial (Caps Tipo I, II, AD), localizados nos municípios de Tocantinópolis, Buriti do Tocantins, Sítio Novo, Araguatins, Augustinópolis, Araguaína, Colinas, Pequizeiro, Palmas, Miracema, Porto Nacional, Paraíso, Gurupi, Formoso do Araguaia, Dianópolis e Taguatinga. Conta também com, 1 Caps Infantil em Palmas; 1 Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) em Araguaína; 1 Serviço Residencial Terapêutico (SRT) em Araguatins e 1 em Araguaína.
Em casos que necessitam de atenção multiprofissional 24 horas, são disponibilizados Leitos de Psiquiatria em hospitais gerais e municipais, com acolhimento gratuito aos usuários do SUS tocantinense de todas as 8 regiões de saúde, são: 10 leitos psiquiátricos no Hospital Regional de Araguaína (HRA); 22 leitos psiquiátricos no Hospital Geral de Palmas (HGP); 2 leitos psiquiátricos no Hospital Municipal de Tocantinópolis; 2 leitos psiquiátricos no Hospital Regional de Porto Nacional; 1 leito psiquiátrico no Hospital Regional de Araguaçu; 4 leitos psiquiátricos no Hospital Municipal de Colinas; e 2 leitos psiquiátricos no Hospital Regional de Paraíso.
A engenheira civil A. G. S., já foi paciente na Ala Psiquiátrica do HGP e contou sobre o acolhimento recebido. “Receber a ajuda de profissionais é muito importante, quando aconteceu comigo, fui direcionada pela UPA para a ala psiquiátrica do HGP, e lá recebi ajuda todo dia de psicólogo, psiquiatra, medicação, mediram meus sinais vitais, perguntavam como eu estava. O psicólogo me levava para dar uma andada, conversava comigo. No café da manhã eu falei que eu tinha refluxo e gastrite então chamaram a nutricionista, que mudou toda a minha alimentação, minha experiência lá foi boa. Hoje faço acompanhamento psicológico e psiquiátrico, buscar ajuda é preciso”.
Governo do Tocantins
Vice-governador Laurez recebe bispo Dom José Moreira e comitiva de Minas Gerais em missão cultural no Tocantins

Na manhã desta sexta-feira, 29, o vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira, recebeu em seu gabinete, no Palácio Araguaia, o bispo da Diocese de Porto Nacional, Dom José Moreira, acompanhado de uma comitiva de Minas Gerais que veio ao Estado em missão de intercâmbio cultural e institucional.
O vice-governador falou da sua alegria de receber o bispo juntamente com a comitiva que o acompanhava. “É uma alegria receber o bispo Dom José e toda a comitiva aqui no meu gabinete. Para nós, é sempre uma honra acolher visitantes que vêm conhecer o Tocantins, compartilhar experiências e fortalecer laços culturais e institucionais.”
O grupo, composto por representantes de diferentes instituições mineiras, entre elas a Secretaria Municipal de Turismo de Januária, a Superintendência Regional de Ensino, além de empresários e autônomos, veio conhecer as potencialidades naturais, culturais e turísticas do Tocantins.
Na ocasião, Laurez destacou a importância histórica da criação do Tocantins e contou aos visitantes as principais fases de ocupação e desenvolvimento do território. “O Tocantins é um Estado jovem, mas que nasceu da luta de um povo que sempre acreditou em sua terra. Nossa formação se deu em quatro grandes frentes. A primeira foi no século XVIII, a extração de ouro, o que trouxe os primeiros povoamentos para cá. Depois, já na década de 1940, tivemos a segunda frente com a exploração do cristal de rocha. A terceira foi a construção da rodovia Belém-Brasília, que abriu caminhos para a integração do Tocantins ao restante do país. E, por fim, a quarta frente, que veio com o projeto de irrigação do Rio Formoso, junto com a criação do nosso Estado e a construção de Palmas, que se tornou o símbolo da nossa identidade e do nosso futuro. Hoje, poder compartilhar essa história e mostrar nossas potencialidades é também um convite para que novos laços sejam construídos”, afirmou Laurez Moreira.
Dom José Moreira ressaltou o simbolismo do intercâmbio entre Minas Gerais e Tocantins, lembrando sua própria trajetória de vida. “Essa visita tem uma importância enorme, porque une duas terras que fazem parte da minha história: Minas, onde morei por 14 anos, e o Tocantins, minha origem. Sou jalapoeiro e lutei pela criação deste Estado. Ver essa comitiva sendo recebida aqui no Palácio, conhecendo nossas raízes e nossa cultura, é motivo de gratidão. Louvo a Deus por essa oportunidade e pelo acolhimento que tivemos”, destacou o bispo.
A educadora mineira Stela Aparecida Abreu Santos, integrante da comitiva, descreveu a experiência no Tocantins como inesquecível. “Desde nossa chegada, fomos recebidos com muito carinho e acolhimento. Passamos dias em Porto Nacional e depois seguimos para o Jalapão, conhecendo fervedouros, cachoeiras, a Lagoa do Japonês e a Pedra Furada. Ficamos encantados com a organização, o engajamento dos guias, das pousadas e restaurantes. Foi uma experiência que nos deixou com vontade de voltar e explorar ainda mais as riquezas desse Estado”, relatou.
Stela também elogiou a postura do vice-governador Laurez Moreira. “É a segunda vez que temos a oportunidade de encontrar o vice-governador, e mais uma vez nos surpreendeu a forma tão próxima que ele tem de estar com a comunidade. Percebemos isso quando Dom José tomou posse em Porto Nacional e confirmamos agora. Diferente do que vemos em outros gabinetes ou palácios de governo, aqui encontramos um vice-governador que conhece a história do seu povo, valoriza sua terra e, acima de tudo, pensa o futuro do Estado de forma coletiva. Ele transmite essa visão de futuro com naturalidade, esperança, fé e alegria”, concluiu.
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