Educação
: Psicóloga Valeska Zanello lança seu novo livro: “A prateleira do amor”

Obra de Valeska Zanello, em versão de bolso, dirige-se a mulheres e homens com linguagem clara e ferramentas de interação
Depois do sucesso do livro “Saúde mental, gênero e dispositivos”, a doutora em psicologia clínica Valeska Zanello lança a versão de bolso “A prateleira do amor: sobre mulheres, homens e relações”, também pela Editora Appris. O novo modelo tem linguagem não técnica com a proposta de facilitar o acesso de pessoas ao conteúdo e, em especial, de mulheres, grupo que constantemente (e sem entender porque) se queixa das vivências na vida amorosa. Haverá evento de lançamento no dia 3 de novembro, das 17h às 22h, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (Carpe Diem – SCES Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 02, lote 22) e no dia 13 de novembro, das 15h às 18h, na Livraria Martins Fontes (Avenida Paulista 509, São Paulo).
As mulheres são maioria em tratamentos para ansiedade e depressão. Com mais de 20 anos de experiência em clínica e pesquisa em psicologia, Valeska acredita que não é possível falar de saúde mental sem falar de gênero. “A sociedade prepara os meninos para a vida e as meninas para o amor. Por isso é muito comum que mesmo uma mulher bem-sucedida profissionalmente, com dinheiro, com fama, seja questionada antes de qualquer coisa sobre a sua situação amorosa: ‘Casou? Tá namorando? Quando se separou? E aí, tem um paquera?’ É como se antes a gente tivesse que mostrar essa carta de apresentação que comprova o sucesso da nossa mulheridade”, relata a professora adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília (Unb).
A metáfora “prateleira do amor”, citada no livro original, exemplifica os diferentes modos de amar que mulheres e homens aprendem na nossa cultura. São elas que se subjetivam na prateleira e aprendem que seus corpos são o grande capital simbólico e matrimonial. A prateleira é marcada por um ideal estético, construído historicamente em nosso país: branco, louro, magro e jovem. Quanto mais distante desse ideal, pior a localização da mulher na prateleira e maior o preterimento afetivo sofrido, por parte dos homens. Isto afeta diretamente mulheres racializadas, velhas, com deficiência, com corpos gordos ou mulheres indígenas. “A chancela de sucesso da prateleira ou dessa forma de amar é ser escolhida. Afinal, o que aprendemos no processo de mulherificação é que só somos desejáveis se algum homem nos deseja”, explica Valeska, que também coordena o grupo de pesquisa de saúde mental e gênero do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Outra metáfora que Valeska utiliza para explicar o sexismo é a “A casa dos homens”, do pensador francês Daniel Welzer-Lang. A casa dos homens é o espaço em que objetificar mulheres é a regra e a broderagem é o modo de ação padrão. “Vamos dar exemplos: quando um homem trai sua namorada/esposa, geralmente conta com o acobertamento de outros homens; ou, não é incomum, que homens mantenham amizade com outros homens que foram violentos com mulheres, ou que presenciem assédios sexuais por parte de amigos sem em nada lhes repreender. A misoginia é a argamassa que sustenta essa casa. Se quem avalia física e moralmente o valor das mulheres, na prateleira do amor são os homens, quem avalia os homens são os próprios homens, nessa casa simbólica”, explica Valeska.
O livro também pretende ser provocativo e promover o letramento de gênero. A composição foi planejada para deixá-lo o mais didático possível, usando, também, as tecnologias hoje disponíveis. Ao final de cada capítulo, há um quadro sintetizPsicólogaador das principais ideias abordadas. Assim, os leitores encontrarão, além do texto, várias indicações para que assistam vídeos no YouTube e leiam artigos, de modo a aprofundar os tópicos abordados. “Não assistir não coloca em risco a compreensão dos temas. Mas ao assistir, além de ajudar a fixação da aprendizagem, abrirá outras reflexões, decorrentes do conteúdo apresentado. Além disso, há ilustrações com exemplos cotidianos sobre os conceitos em questão”, informa a psicóloga.
Sobre a autora: A professora doutora Valeska Zanello é graduada em Filosofia e em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), onde também concluiu o doutorado em Psicologia, com período de pesquisas na Université Catholique de Louvain (Bélgica). É professora do departamento de Psicologia Clínica da UnB, onde também orienta o mestrado e o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em saúde mental, gênero, psicanálise e filosofia da linguagem. Coordena o grupo de pesquisa “Saúde Mental e Gênero”, com foco em mulheres e interseccionalidade com raça e etnia.
- Sobre a editora: Este livro foi publicado pela Editora Appris, a maior editora 80/20 do Brasil, sediada na cidade de Curitiba, Paraná. Com aproximadamente onze anos de existência, a Appris atua no ramo de publicação de obras técnicas e científicas nas mais variadas áreas do conhecimento. Com a experiência de s editores, que estão há mais de 29 anos no mercado editorial, a Appris possui um catálogo com mais de cinco mil obras publicadas e que continua a crescer com uma média de 80 lançamentos por mês.
Educação
APM Cursos inaugura unidade em Palmas e amplia acesso à especialização médica no Tocantins

No próximo dia 04 de julho, Palmas receberá a inauguração da unidade da Academia de Cursos Médicos (APM), que oferece cursos de pós-graduação e capacitação técnica voltados a profissionais da saúde. A chegada da instituição ao Tocantins representa um marco para a educação médica no Estado, que passa a contar com uma opção local para formação especializada, antes concentrada em outras regiões do País.
A programação de abertura começa às 7 horas, no auditório do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), com uma aula magna sobre osteoporose, ministrada pelo médico e professor Dr. Frederico Barra, ortopedista especialista em dor e doenças osteometabólicas.
Das 10h às 13h, será realizado um workshop na Clínica Ortopédica do Tocantins (COT), com atividades práticas. Ainda pela manhã, os participantes poderão acompanhar uma oficina sobre Desintometria Óssea, exame utilizado no diagnóstico de doenças como a osteoporose. Em seguida, serão apresentadas tecnologias aplicadas ao tratamento da dor, como a Terapia por Ondas de Choque (TOC) e o Laser de Alta Intensidade, ambos indicados para lesões e dores musculoesqueléticas.
À noite, a partir das 18h20, a programação retorna ao Simed com as palestras: “IA: o estado da arte e a prática médica”, conduzida pelo professor Dr. Leonardo Ludovico Póvoa e, o tema “Cannabis na dor musculoesquelética: O que você precisa saber”, ministrada pelo professor Dr. Frederico Barra. Em seguida, ocorre o coquetel de inauguração, na área social do sindicato.
Educação médica mais próxima da realidade local
Para o coordenador acadêmico da APM em Palmas, Dr. Elton Stecca Santana, a instalação da unidade no Tocantins representa uma importante descentralização do ensino médico especializado. “A proposta é facilitar o acesso de médicos e profissionais da saúde a formações presenciais de qualidade, que antes exigiam deslocamento para regiões como Sudeste e Sul. A expectativa é que a unidade funcione como um polo regional de educação continuada, atendendo demandas e contribuindo para a qualificação da prática médica no Estado”, afirma.
Segundo ele, a iniciativa também ajuda a reduzir desigualdades no acesso à atualização profissional, especialmente para médicos que atuam em cidades do interior. “É uma oportunidade para que esses profissionais se qualifiquem sem precisar sair do Tocantins”, destaca.
Educação
Projeto Bela Escola reúne grafiteiras e estudantes para transformar escolas com arte
Projeto Bela Escola leva murais criados por mulheres às regiões norte e sul de Palmas, com protagonismo de alunas do ensino médio

Financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio do Ministério da Cultura e Governo Federal, o projeto pode ser acompanhado pelo Instagram: @belaescola_.
A diretora da Escola Estadual Vale do Sol, Kátia Macedo, conta que os murais trouxeram um novo clima à escola. “Vai ser um impacto quando os alunos chegarem e verem a escola assim. Quando a gente falou do projeto, muitos não tinham noção da magnitude. São imagens maravilhosas, indígenas, figuras da cultura tocantinense, e tudo com muito respeito ao espaço escolar”, afirmou. Ela também celebrou o envolvimento das meninas no projeto: “As alunas que participaram do concurso agora têm uma chance real de expandir seus talentos. Elas viram que têm habilidade, e isso puxa outras. Vão se tornar multiplicadoras.”
Para Angélica Ribeiro, de 16 anos, estudante do segundo ano do ensino médio e uma das autoras dos desenhos escolhidos, a experiência foi marcante. “Eu saltei quando soube que meu desenho tinha sido escolhido! Foi a primeira vez que participei de uma pintura assim, e ainda com grafite, que era algo muito distante da minha realidade. Eu quero cursar Artes Visuais, e isso foi uma oportunidade enorme”, conta. “Me senti muito confortável com a equipe, principalmente por ser toda formada por mulheres. A temática do Cerrado me inspirou, e acho que combinou muito com a escola.”
No Colégio Estadual Criança Esperança, a professora Michele Marques dos Santos, que também é coordenadora da área de Linguagens, destacou a importância de projetos como esse em uma escola bilíngue e inclusiva. “Já tivemos experiências com grafite antes, mas essa é ainda mais especial porque as alunas participam de tudo, desde o desenho até a pintura. Isso estimula a criatividade, o senso de pertencimento e ainda deixa a escola mais bonita e acolhedora.”
O projeto também garante acessibilidade para estudantes com deficiência: há intérprete de Libras nas apresentações, acompanhamento para alunas com deficiência durante as oficinas e recursos como audiodescrição e resumo em braile dos murais, acessíveis via QR Code nas escolas.
“É muito bom ver arte com essa qualidade e esse respeito dentro do espaço escolar. Toda escola merecia ter algo assim”, reforça a diretora Kátia.
Meio Ambiente
Semarh e Sindjor promovem oficina de jornalismo climático e cobertura ambiental no Tocantins

Com o tema “Jornalista bem informado, informa melhor!”, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (Semarh) em parceria com o Sindicato dos Jornalistas (Sindjor) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCIAMB) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), promovem no dia 05 de junho, às 18h30, no Auditório da Semarh, na Praça dos Girassóis, a Oficina de Jornalismo Climático e Cobertura Ambiental. A iniciativa tem como objetivo capacitar jornalistas, acadêmicos e comunicadores para uma cobertura mais precisa e inspiradora sobre temas ambientais complexos, como mudanças climáticas, o Programa Jurisdicional REDD+, educação ambiental e unidades de conservação, incentivando a promoção de ações positivas para o clima.
A atividade inclui fundamentos teóricos e debates oferecendo aos participantes ferramentas para relatar de maneira ética e eficaz as transformações ambientais e seus impactos sociais e econômicos. Também na oficina serão exemplificados os mecanismos de cadastro e cobertura da Conferência das Partes (COP30) que acontece em Belém – PA em novembro próximo. Ao final, haverá certificação emitida pelo Sinjor em parceria com o Ciamb/UFT, reconhecendo a importância de uma comunicação qualificada e comprometida com a sustentabilidade.
-
Turismo1 dia atrás
Socorro sedia V Fórum de Turismo e reunião da Executiva Nacional da Abrajet
-
Turismo1 dia atrás
Abrajet Nacional em movimento: tradição e inovação no jornalismo de turismo
-
Governo do Tocantins12 horas atrás
LIDE Brasil Forum Marrocos 2025: Conexões Estratégicas
-
Palmas1 dia atrás
Carlos Velozo garante estabilidade como prefeito em exercício
-
Palmas4 dias atrás
Prefeito em exercício de Palmas é Carlos Eduardo Velozo