Cultura
Ruínas de Natividade recebe encontro da música clássica e cancioneiro popular com o Tocantins em Concerto
O município de Natividade remonta às origens do Tocantins, ao ciclo do ouro, quando os bandeirantes enfrentaram a resistência dos índios Xavantes e ocuparam a região Norte de Goiás, entre 1724 e 1734, dando origem ao primeiro povoamento do estado. O casario com cerca de 250 prédios coloniais e igrejas preservadas, entre ruas estreitas e muros de pedra construídos por escravos, guardam a memória do Tocantins. Entre as igrejas destacam-se a de São Benedito e a Matriz de Nossa Senhora da Natividade, de 1759. É neste cenário que será realizada a próxima edição do projeto Tocantins em Concerto, da Orquestra Viva Música, no sábado, 23, às 19h30, em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Natividade.



A apresentação da Orquestra na centenária cidade tem entrada franca e contará com abertura de artistas locais do Grupo de Suça Tia Benvinda. A realização é da Associação Viva Música e do Ministério da Cultura, com patrocínio da Energisa, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Secretaria Estadual de Cultura, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Universidade Federal do Tocantins e do Instituto Federal do Tocantins (IFTO). A orquestração do repertório é de Willames S. da Costa, a produção executiva de Eduardo Andrade e a regência e direção geral do maestro Bruno Barreto.
O repertório traz canções autorais dos mestres da música popular tocantinense, como “Nóis é Jeca mais é Joia”, “Passarim do Jalapão”, “Catirandê” e “Brasilidade”, acompanhados de 26 instrumentistas no contrabaixo, piano, violão, bateria, metais, madeiras, contrabaixo acústico, violoncelos, violas e violinos. A apresentação contará com interpretação em Libras para pessoas com deficiência auditiva.
Caravana
Nesta segunda temporada, o projeto já teve apresentações em Porto Nacional, Arraias e será apresentado ainda em Araguatins, no dia 30/09. De acordo com o maestro, o Tocantins em Concerto promete ser uma celebração única da riqueza cultural e da diversidade musical não só do Estado, mas de valorização da música brasileira. Para o diretor-presidente da Energisa Tocantins, Alessandro Brum, a empresa tem buscado investir cada vez mais em ações com foco cultural, social e ambiental. Já o secretário da Cultura do Tocantins, Tião Pinheiro, afirma que projetos como esse não só valorizam a nossa rica produção musical, como também divulgam e fortalecem as manifestações artísticas locais, contribuindo nessa retomada do protagonismo aos nossos fazedores de cultura.
A 1ª edição do projeto Tocantins em Concerto circulou nos meses de abril e maio de 2022 por Palmas, Paraíso, Gurupi e Araguaína e alcançou mais de 5 mil pessoas.
Viva Música
A Orquestra Viva Música tem na regência o maestro Bruno Barreto e conta com mais de 30 integrantes. Ao longo da sua existência, a orquestra participa de eventos de grande relevância no panorama musical tocantinense, tais como Sesc Partituras, Concertos em Pauta e Quarta Clássica. Em 2022 executou ainda o projeto “Pixinguinha e os Oito Batutas” pela Petrobras Cultural e o Projeto Núcleo de Orquestras Jovens de Maragogi, com patrocínio da Empresa Equatorial.
FICHA TÉCNICA
Direção-geral: Maestro Bruno Barreto
Realização: Associação Viva Música
Cantores convidados: Braguinha Barroso, Dorivã Borges, Genésio Tocantins, Lucimar.
Orquestração: Willames S. da Costa
Produção executiva: Eduardo Andrade
Assessoria de imprensa: Cinthia Abreu
Coordenação administrativa:Maxley Morato
Coordenação financeira: Fábio Bruniel
Produção audiovisual: Marcelo Lopes
Intérprete de LIBRAS: Thallyta Teixeira Silva
Orquestra Viva Música
I Violinos: Alexandre Gomes, Weliane Monteiro e Marcelo Dias
II Violinos: Daniel Brandão, Helaine Santos e Lya Prehl
Violas: Ana Larissa, Giovanna Gomes
Violoncelos: Dionison Marcos e Maria Helena
Flautas: Ayrton Ferreira e Wallas Alves
Clarinetas: Gutenberg Nicacio e Lucas de Jesus
Saxofone: Lucas Fernandes
Trompa: Wilton Dourado
Trompete: Wedisson Monteiro, Matheus Dias e Luis Sidney
Trombones: Emmanoel Cruz Willian Del Sarto
Bateria: Matheus Lopes
Violão: Iogo Landinho
Piano: Anderson Cleyton
Contrabaixo elétrico: Felipe Araújo
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Crédito das fotos: Marcelo Les/ Divulgação
Cultura
Tocantins em Concerto encerra turnê nacional em Porto Velho
Tocantins em Concerto encerra turnê nacional em Porto Velho, reunindo mais de mil pessoas e levando o som do Cerrado às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O som do Cerrado ecoa pelo Brasil
Sob a direção artística do maestro Bruno Barreto, o espetáculo lotou o teatro e coroou uma jornada de música, intercâmbio e emoção que percorreu cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, totalizando mais de mil pessoas beneficiadas diretamente nas apresentações presenciais. Entre as canções que ecoaram no teatro, composições de Juraildes da Cruz, Lucimar, Dorivã e Braguinha Barroso ganharam novos contornos com arranjos sinfônicos executados pela orquestra formada por músicos residentes no Tocantins.
O público vibrou, cantou e se emocionou com o espetáculo que fez da música uma ponte entre biomas, sotaques e identidades culturais, fortalecendo o diálogo entre o Cerrado e a Amazônia.
Vozes que emocionam
O músico e compositor Bado, um dos grandes nomes da música regional e convidado especial da apresentação em Porto Velho, celebrou o encontro entre artistas e povos do Norte do país. “Participar do Tocantins em Concerto foi uma experiência de profunda emoção. É um projeto que resgata nossas raízes, mas também aponta para o futuro, mostrando como a música popular e a orquestral podem dialogar de maneira harmoniosa e grandiosa. Senti uma energia linda do público, um reconhecimento da força da nossa arte regional”, afirmou.
O maestro Marcelo Yamasaki, da Orquestra Villa-Lobos, também destacou a importância da iniciativa como espaço de valorização da música brasileira. “O Tocantins em Concerto é um projeto de altíssimo nível artístico e simbólico. Ele representa uma vitória da música que nasce do chão do Brasil, das tradições e das comunidades que moldam a nossa identidade. Ver músicos do Tocantins cruzando o país e levando esse som para o Norte e o Nordeste é algo inspirador”, destacou.
Circulação nacional
Desde a estreia em Palmas (TO), no início de outubro, o Tocantins em Concerto percorreu uma rota cultural que incluiu Araguaína (TO), Goiânia (GO), Maceió (AL), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO), promovendo não apenas concertos gratuitos, mas também oficinas educativas e masterclasses com músicos e estudantes locais.
O balanço final registra mais de 1 mil pessoas alcançadas diretamente nas apresentações e centenas de participantes nas atividades formativas, reafirmando o compromisso do projeto com a democratização da cultura e o fortalecimento da identidade musical tocantinense.
Do Tocantins para o Brasil
O maestro Bruno Barreto, diretor artístico do projeto, destacou que o Tocantins em Concerto cumpriu sua missão de levar o som do Cerrado para diferentes cantos do país, celebrando a diversidade cultural e democratizando o acesso à arte. “Encerramos essa turnê com o coração cheio. Em cada cidade, encontramos públicos curiosos, emocionados e receptivos à proposta de unir o popular ao erudito. Isso é democratizar a cultura: criar pontes entre lugares, histórias e sensibilidades”, afirmou.
Ele também ressaltou o impacto social da iniciativa: “Mais do que concertos, promovemos encontros — entre o Cerrado e a Amazônia, entre tradição e inovação, entre artistas e plateias. O Tocantins em Concerto mostrou que a nossa música tem força, tem alma e merece estar nos grandes palcos do Brasil.”
Sobre o projeto
Realizado pela Associação Viva Música, o Tocantins em Concerto foi patrocinado pela Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, via Ministério da Cultura. Selecionado na maior chamada pública da história da Petrobras — o edital Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos —, o projeto foi o único do Tocantins contemplado na categoria Produção e Circulação.
Durante toda a turnê, o concerto reafirmou o compromisso com a acessibilidade, garantindo interpretação em Libras e ações voltadas a crianças e jovens com deficiência, além de incentivar a formação musical e o intercâmbio artístico em todas as cidades visitadas.
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Exposição do Povo Krahô encanta público na COP30
Mostra de Emerson Silva sobre o Povo Krahô celebra a cultura indígena do Tocantins e emociona o público durante a COP30, em Belém.Exposição do Povo Krahô encanta público durante a COP30 em Belém
O evento ocorre de 10 a 21 de novembro e reúne chefes de Estado, ministros, diplomatas, cientistas, ativistas e representantes de mais de 190 países.
Arte tocantinense na COP30
Além das discussões globais sobre o clima, a COP30 também é palco de manifestações culturais que celebram a diversidade amazônica.
Entre elas, está a Exposição do Povo Krahô, em cartaz no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, selecionada pelo Sesc Pará dentro do projeto Sesc Amazônia das Artes 2025.
Segundo Emerson Silva, a decisão de manter a mostra em Belém durante a COP30 partiu do Sesc Pará, como forma de ampliar o acesso do público internacional à arte tocantinense.
“É uma honra ter um trabalho que poderá ser visto por pessoas do mundo inteiro durante a COP30. A cultura indígena é essencial nos debates sobre o meio ambiente e o clima”, destacou o artista.
Histórias e saberes do Povo Krahô
A Exposição do Povo Krahô retrata a cosmologia, o cotidiano e os rituais da etnia por meio de fotografias, documentário e livro bilíngue.
O projeto foi viabilizado com recursos próprios e apoio da Secretaria de Cultura do Tocantins, via Lei Paulo Gustavo, além de incentivo do Projeto Sesc Cultura ConVida.
A mostra já foi exibida em Palmas, São Luís e Teresina, ampliando o alcance da cultura tocantinense e promovendo o diálogo entre arte, ancestralidade e sustentabilidade.
Trajetória do artista
Com mais de 23 anos de carreira, o fotojornalista Emerson Silva é um dos principais nomes da fotografia tocantinense.
Ele já participou de exposições nacionais e internacionais, como Women That Make a Difference, na sede da ONU em Genebra, e o Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Atualmente, Emerson integra a Associação de Arte Ninho Cultural e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/IFTO), além de colaborar com o WWF Brasil e o MAM-SP.
A cultura indígena como pilar da sustentabilidade
Para Emerson, expor a arte do Povo Krahô durante a COP30 é uma forma de reforçar a importância dos povos originários na preservação ambiental.
“A voz indígena sempre foi central na defesa do planeta. Ao conhecer a cultura Krahô, entendemos o valor da convivência respeitosa com a natureza”, afirmou.
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Cultura
O Cerrado encontra a Amazônia
O Cerrado encontra a Amazônia: Tocantins em Concerto emociona público em Rio Branco e segue para Porto Velho
Espetáculo da Associação Viva Música celebra a integração cultural entre Tocantins e Amazônia em turnê nacional patrocinada pela Petrobras
Turnê nacional conecta o Tocantins à Amazônia
Com realização da Associação Viva Música e direção artística do maestro Bruno Barreto, o espetáculo integra a turnê nacional do projeto contemplado no edital Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos, via Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, com patrocínio da Petrobras.
A turnê já passou por Palmas, Araguaína, Goiânia e Maceió, e agora percorre o Norte do país, revelando as conexões entre o Tocantins e a Amazônia — duas regiões unidas por laços culturais, linguísticos e musicais.
Música tocantinense emociona público acreano
O concerto levou ao palco obras de artistas consagrados do Tocantins, como Juraildes da Cruz, Dorivã, Lucimar e Braguinha Barroso, interpretadas por uma orquestra formada por músicos tocantinenses.
O público aplaudiu de pé a fusão entre o popular e o erudito, que deu nova roupagem às canções que retratam a alma do Norte do País.
“A música é ponte que une territórios e histórias”, diz maestro Bruno Barreto
O maestro Bruno Barreto, diretor artístico do projeto, celebrou a recepção calorosa do público acreano:
“Foi uma noite muito especial. O público de Rio Branco demonstrou uma sensibilidade incrível para acolher nossa proposta, que é justamente valorizar a cultura do Cerrado e encontrar nela um ponto de encontro com a Amazônia. A música é essa ponte que une territórios e histórias”, destacou.
Depoimentos e reconhecimento
A coordenadora de Cultura da Universidade Federal do Acre (UFAC), Fabiana Nogueira Chaves, destacou:
“O Tocantins em Concerto é um espetáculo de rara sensibilidade. Ele une diferentes mundos musicais e mostra que a cultura popular e a música de concerto podem caminhar lado a lado. Foi uma noite de arte, de pertencimento e de valorização das nossas raízes.”
O coordenador da Usina de Artes João Donato, Manoel Luiz Bem-vindo, ressaltou o impacto do projeto na democratização do acesso à cultura:
“Um espetáculo que é um presente para o Acre. É uma oportunidade de o público vivenciar a música orquestral de forma acessível, com repertório que fala das belezas naturais, das pessoas e das origens”, disse.
Educação, inspiração e integração cultural
O diretor da Escola de Música do Acre, Adson de Souza Barbosa, afirmou que iniciativas como essa têm valor educativo e inspirador:
“Projetos como esse ampliam horizontes e inspiram novos talentos. Muitos alunos da nossa escola estiveram presentes e saíram empolgados para aprender mais e se profissionalizar. A arte desperta sonhos e reafirma a importância da música na formação humana.”
O músico Alberan Moraes, convidado especial da noite, celebrou o encontro entre Cerrado e Amazônia: “Foi emocionante ver a força da música amazônica e do Cerrado se encontrando. É uma celebração das nossas identidades e da riqueza musical do Brasil.”
Próxima parada: Porto Velho
Após o sucesso em Rio Branco, o Tocantins em Concerto segue para Porto Velho (RO), onde se apresentará na sexta-feira, 7 de novembro, no Teatro Banzeiros, às 20h, com entrada franca.
O concerto promete mais uma noite de celebração à música brasileira e à integração entre o Cerrado e a Amazônia, levando ao público uma experiência única de som, emoção e pertencimento cultural.
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