Dona Álvara, uma mulher preta de 87 anos, lidera a comunidade quilombola Barra do Aroeira em Santa Tereza do Tocantins. Conhecida por sua luta por direitos coletivos e identidade, ela se apresenta com orgulho como “aroeira, quilombola, parteira, benzedeira e raizera”.
Foto: Marcelo Les / Comunicação DPE-TO
Apesar de viver próxima à capital Palmas, a comunidade enfrenta a falta de serviços básicos, necessitando da assistência jurídica gratuita oferecida pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). Dona Álvara é uma voz respeitada e uma figura maternal, tendo ajudado no nascimento de centenas de crianças como parteira. Seu trabalho árduo na roça e suas contribuições comunitárias fazem dela um símbolo de resistência e liderança.
Andreza, outra liderança, transforma a agricultura em fonte de renda e identidade para a comunidade. Ela planta hortaliças, grãos e legumes, e transforma a colheita em produtos para venda.
Foto: Marcelo Les / Comunicação DPE-TO
Hermínia, líder do grupo folclórico da Dança do Lenço, é artesã e benzedeira. Ela sofre ameaças em seu território, uma realidade comum em comunidades quilombolas, conforme relatado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
Foto: Rafael Batista / Comunicação DPE-TO
Cida Ribeiro, presidente da Conaq, destaca a luta diária das comunidades quilombolas pelo direito à terra e por políticas públicas, enfrentando racismo e desafios institucionais.
A DPE-TO atua nessas comunidades através de programas como o Defensoria Itinerante, que oferece atendimento jurídico em locais de difícil acesso. No Julho das Pretas, a Defensoria Pública reconhece a força e a resistência de mulheres como Dona Álvara, Andreza, Hermínia e Cida, que representam a luta pela garantia de direitos, cultura e sobrevivência de seu povo.